Ao contrário dos Ribeiros, Eva não conseguiu ‘servir a dois senhores’

Lucas é vice-prefeito na gestão Bruno, mas Aguinaldo tenta ser o senador de João

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Ao contrário dos Ribeiros, Eva não conseguiu 'servir a dois senhores'
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Há uma passagem bíblica, bastante conhecida inclusive, que diz que ‘ninguém pode servir a dois senhores’. O trecho foi usado pelo prefeito Bruno Cunha Lima (PSD) dias atrás, ao ser questionado sobre a exoneração de João Paulo Freire na gestão municipal. João é o ‘braço direito’ da secretária-executiva de Articulação Política do Estado, Eva Gouveia (PSD).

Na última sexta-feira, o Blog noticiou um outro afastamento. O do filho de Eva, Robson Gouveia. Ele foi exonerado da STTP.

As ‘canetadas’ ocorrem em resposta à aproximação de Eva com o governador João Azevêdo (Cidadania), movimento que não foi acompanhado por Bruno, nem pelo ex-prefeito Romero Rodrigues (PSD). São reações naturais e até esperadas.

O mandamento bíblico caiu como uma luva, mas não tem acompanhado as movimentações de um outro grupo que hoje faz parte da gestão municipal e, habilidosamente, também aproximou-se de Azevêdo: a família Ribeiro.

O deputado Aguinaldo Ribeiro (Progressistas) há tempos tenta emplacar, na chapa do governador, a sua pré-candidatura ao Senado. Enquanto isso o grupo tem conseguido manter, sem ruídos públicos, a convivência com a gestão municipal em Campina – onde Lucas, sobrinho de Aguinaldo, é vice-prefeito.

Alguém pode até justificar que são tamanhos e relações diferentes, nos dois casos. E há uma certa verdade nessa afirmativa.

Os Ribeiros têm uma cadeira no Senado e outra na Câmara Federal e mantêm o comando da principal prefeitura paraibana (João Pessoa). Isso, certamente, tem um peso significativo para ‘ampliar’ a capacidade de transitar pelos dois projetos antagônicos.

Mas o fato é que Eva não conseguiu tal façanha.

Os Ribeiros sim. Continuam na gestão de Campina, mas com pés e braços colados no projeto de reeleição de João Azevêdo. A pergunta que já ouvi muita gente fazer, nos bastidores, é: “até quando?”…