A pré-campanha na Paraíba ficará marcada por uma opção feita pelo governador João Azevêdo (PSB), no processo de construção de seu projeto à reeleição. Ele apostou todas as fichas para manter em sua base o partido Progressistas, do deputado Aguinaldo Ribeiro e do prefeito Cícero Lucena.
Para isso João abdicou de parte de sua antiga base. Viu o senador Veneziano Vital (MDB) e o deputado Efraim Filho (União) irem para as hostes oposicionistas e assegurou a um partido recém-chegado ao grupo, mesmo diante de um impasse com o Republicanos, o direito a indicar Lucas Ribeiro em sua chapa.
Com gestos administrativos também: abriu espaço em três secretarias do Governo para indicações da legenda, pastas antes fatiadas para três grupos aliados – os Morais, os Vital e os Felicianos.
Mas o governador não é o único.
A deputada estadual e candidata ao Senado, Pollyanna Dutra (PSB), tem percorrido o mesmo caminho.
Lançada poucos dias antes da convenção, Dutra luta contra o tempo para viabilizar o seu projeto rumo ao Senado. E tem optado por firmar as principais alianças com o Progressistas.
Na região de João Pessoa terá o apoio do pré-candidato à Câmara Federal Mersinho Lucena, filho do prefeito Cícero. No Sertão andará de braços com o deputado Lindolfo Pires.
O movimento aponta para um fortalecimento do nome de Pollyanna, mas pode aprofundar o descontentamento de outros membros da base. O recado de Adriano Galdino, no dia da convenção socialista, demonstra um pouco desse risco.
As apostas e escolhas, contudo, já foram feitas.
