PMDB vai 'marchar' sozinho

O PT está definitivamente fora da coligação com o PMDB. Esta foi a decisão tomada ontem pelo Tribunal Regional Eleitoral ao julgar prejudicada a ação de impugnação proposta pelo PSB contra a aliança PMDB-PT. Os juízes entenderam que como já havia uma decisão proferida pelo próprio tribunal não caberia mais discutir a matéria.

Na sessão de ontem foi analisado o Demonstrativo de Regularidade de Atos Partidários (Drap) do PMDB. Depois que foi resolvida a questão da aliança PMDB-PT, a Corte decidiu aprovar a chapa majoritária do PMDB, com a candidatura de Vital do Rêgo a governador e de Roberto Paulino a vice-governador. Também foi deferida a chapa ao Senado, encabeçada por José Maranhão e como suplentes Nilda Gondim e Roosevelt Vita.

O advogado Carlos Fábio, da coligação liderada pelo PMDB, não se conformou com a decisão do TRE contra a aliança PMDB-PT e disse que ingressará com um recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O PMDB sofreu duas derrotas na sessão de ontem na briga travada com o PSB pelo passe do PT.

A primeira derrota ocorreu no julgamento dos embargos que o partido interpôs questionando o julgamento realizado no último dia 4 que aprovou a aliança do PT com o PSB.

Os embargos foram rejeitados por unanimidade, mantendo a decisão anterior. A Corte entendeu que o objetivo do recurso era rediscutir a matéria. O processo foi relatado pelo desembargador João Alves, sendo seguido pelos demais membros da Corte. Até os que votaram a favor da aliança do PT com o PMDB, acompanharam o voto do relator, como foi o caso dos juízes Rudival Gama, Sylvio Porto e Breno Wanderley.

O PMDB havia juntado um documento novo da Comissão Executiva Nacional do PT indicando que na Paraíba a aliança seria com o partido e não com o PSB. O documento sequer chegou a ser analisado pela Corte, uma vez que foi levantada a questão de que a discussão estava prejudicada pelo fato de que o TRE já havia se pronunciado pela aliança PT-PSB. O relator do processo do PMDB, juiz Sylvio Porto, e o juiz Breno Wanderley, foram os únicos a defender a coligação PT-PMDB.