POLÍTICA
Polícia fez 40 mil escutas
Material coletado em escutas autorizadas será analisado pela Gaeco, Polícia Federal e CGU e podem levar a mais suspeitos.
Publicado em 29/06/2012 às 6:00
Mais de 40 mil escutas foram feitas com autorização judicial e foi possível constatar a participação direta de prefeitos, seus familiares e servidores públicos. O material será analisado pela PF, Gaeco e CGU e poderá revelar o envolvimento de mais empresas, prefeitos e servidores públicos no esquema criminoso.
As investigações feitas durante um ano pelo Gaeco remetem a contratações realizadas pelas prefeituras desde 2008, com verbas municipais e estaduais. Já as investigações da PF são referentes a contratações feitas com recursos federais desde 2009. “São duas investigações paralelas, distintas, que ocorreram concomitantemente e que, para o sucesso dessa operação, houve a troca de informações entre PF e MPPB”, esclareceu o superintendente da PF, Marcello Diniz Cordeiro.
As 35 pessoas (alvo dos mandados de prisão e condução coercitiva) foram ouvidas ontem pelos 12 promotores de Justiça no Núcleo Criminal do MPE, que darão continuidade às investigações, e o interrogatório continua hoje.
Eles são acusados de falsificar documentos públicos e privados, falsidade ideológica, crimes contra a ordem tributária (sonegação), corrupção ativa e passiva, fraude em licitação, desvio de verba pública, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. A pena para esses crimes pode chegar a 48 anos de prisão.
Os investigados devem responder, na medida de suas participações, por fraude a licitações, corrupção ativa e passiva, peculato, advocacia administrativa, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.
As fraudes eram feitas em licitações, dispensas e inexigibilidades de licitação, contratos com bandas musicais, montagem de palcos, som, iluminação, comercialização de fogos de artifício, shows pirotécnicos, aluguéis de banheiros químicos e serviços de segurança.
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