Pré-candidatos a prefeito têm diálogo tímido com eleitor nas redes sociais

Com uma campanha eleitoral mais curta, mas ainda com receio das implicações judiciais decorrentes de uma propaganda eleitoral antecipada, a maioria dos postulantes aos cargos de prefeito ainda tem uma atuação tímida nas redes sociais. O mesmo, contudo, não se aplica aos seus cabos eleitorais, que têm aproveitado todos os espaços nas redes sociais para enaltecer os nomes dos seus candidatos preferidos. Em suas páginas, os pré-candidatos ainda optam por postagens mais sutis.

Na página do prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PSD), não é possível perceber grandes mudanças. O gestor mantém a presença nas redes sociais sempre anunciando as ações desempenhadas à frente da administração e em troca recebe as impressões da população. Em mensagem de fim de ano postada em uma rede social, no entanto, ressaltou que este ano seria marcado por superações, novos desafios e novas conquistas.

As críticas também são constantes nas redes sociais do prefeito, onde a população aproveita o espaço para cobrar ações em seus bairros e apontar problemas nas cidades. Além das críticas, a rede social do prefeito é inundada por elogios dos internautas que defendem a continuidade do seu trabalho.

O candidato do governo do Estado à prefeitura da capital, João Azevedo (PSB), iniciou 2016 com uma atuação mais marcante na internet. Apesar das postagens feitas por ele ainda não serem maioria, o socialista intensificou a publicação de matérias que citam seu nome e mostram a organização do seu partido em torno de sua candidatura.

Nos comentários nas redes sociais de Azevedo os cabos eleitorais enaltecem seu nome e apostam na vitória. As articulações e declarações de João Azevedo provocaram reações por parte do secretário de Articulação Política da prefeitura, Adalberto Fulgêncio, que acusou Azevedo de antecipar o debate eleitoral e fazer propaganda antecipada.

Assim como Cartaxo na capital, em Campina Grande o prefeito Romero Rodrigues (PSDB) não promoveu mudanças em suas redes sociais e continua com o trabalho de apenas publicizar as ações de sua gestão. Desde o início deste ano, os elogios são maioria nas postagens feitas por Rodrigues. Mas na corrida pela Prefeitura de Campina, o deputado federal Veneziano Vital do Rêgo (PMDB) é o pré-candidato que mais utiliza as redes sociais. Através de uma de suas seguidoras, o parlamentar publica em uma de suas páginas vídeos que mostram intervenções feitas na cidade durante a sua gestão. Já o presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino (PSB), utiliza pouco o espaço.

Internautas não perdoam deslizes dos postulantes

Também pré-candidato à prefeitura da capital, Manoel Júnior (PMDB) é presença constante nas redes sociais. Apesar de representar todo o Estado na Câmara dos Deputados, o peemedebista direcionou seu discurso de fim de ano para a população de João Pessoa e desejou que fosse um ano de muitas realizações e felicidades. Um eleitor não deixou passar em branco o deslize da Manoel Júnior. “Acho que você tem que agradecer ao povo da Paraíba. Foi o povo da Paraíba que o elegeu”, comentou.

Luciano Cartaxo (PSD)

Tem dado tom administrativo às suas postagens nas redes sociais. Para isso, adota postura comedida nos comentários para evitar polêmicas

Manoel Júnior (PMDB)

Usa com frequência as redes sociais, mas virou alvo dos ataques de eleitores descontentes por causa do apoio dele ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha

João Azevedo (PSB)

Desconhecido da maioria da população, tem engatinhado nas redes sociais. A militância é responsável por parte dos comentários no perfil dele

Romero Rodrigues (PSDB)

Tem evitado os temas políticos nas redes sociais, centrando atenção nas ações administrativas. Conta com a participação de vários simpatizantes nos comentários

Veneziano Vital do Rêgo (PMDB)

O deputado federal tem usado com muita frequência as redes sociais para exibir vídeos de ações que datam de quando governou Campina Grande

Adriano Galdino (PSB)

Apesar da desenvoltura nas redes sociais (é mais fácil localizá-lo via mensagem), tem usado pouco as ferramentas para dialogar com o eleitor