POLÍTICA
Ricardo anuncia Lígia como vice
Lígia Feliciano (PDT) compõe a chapa majoritária do PSB que tem ainda Lucélio Cartaxo (PT) como candidato a senador.
Publicado em 02/07/2014 às 6:00 | Atualizado em 02/02/2024 às 17:44
Após um dia de articulações e mistério, o governador Ricardo Coutinho (PSB) anunciou ontem, à noite, a médica Lígia Feliciano (PDT) como candidata a vice-governadora, completando a chapa com Lucélio Cartaxo (PT), que vai disputar o Senado. O anúncio foi feito no início da noite, na sede da Associação Campinense de Imprensa (ACI).
“O PT e o PSB fazem uma opção clara com essa candidatura a vice-governadora. Queremos nos aproximar cada vez mais de setores pouco representados na política, setores sociais que têm tido a presença quase que constante de Lígia em seu cotidiano. Essa escolha foi acolhida por todos os partidos aliados que reforçam uma ampla aliança”, justificou Ricardo, o primeiro a falar na solenidade.
Ele explicou que decidiu anunciar o nome de Lígia, em Campina, porque é a base eleitoral da candidata, além de ter passado o dia cumprindo agenda administrativa em Massaranduba e Lagoa Seca e ter ficado na cidade.
Inicialmente, o anúncio foi marcado para o auditório da Câmara de Dirigentes Lojistas, às 10h, gerando especulações que o nome do vice seria o empresário Artur Bolinha. Depois, foi adiado para as 16h, na sede da ACI.
Todavia, Ricardo resolveu se reunir com o deputado federal Damião Feliciano (PDT), marido de Lígia, e o deputado Adriano Galdino (PSB) e o vereador Napoleão Maracajá (PCdoB), de Campina Grande, e outras lideranças, no Hotel Village, antes de definir o nome. Depois, seguiu para a ACI. No seu pronunciamento, disse que fará uma campanha comparando as ações e os projetos com os demais candidatos. “O que existe nessa eleição é uma disputa muito clara de dois projetos completamente distintos para a Paraíba. Estamos defendendo uma visão de política que efetivamente trouxe para a Paraíba coisas modernas e que não existiam anteriormente”, destacou Ricardo.
RÔMULO
Durante a entrevista, Ricardo foi indagado sobre as declarações do vice-governador Rômulo Gouveia (PSD) de que fora traído pelo socialista e preterido na disputa pelo Senado. “Eu não vou polemizar sobre isso, mas ele não fala a verdade. Ele almoçou comigo, disponibilizou o cargo, os movimentos que aconteceram na minha frente ele foi informado. Eu o chamei várias vezes para discutir. Antes disso, há três meses, ele almoçou com Wilson Santiago e discutiu com Aguinaldo Ribeiro e agora vem dizer que não sabe de nada. Ninguém é bobo”, alfinetou Ricardo.
PROJETO QUE DEU CERTO
A médica Lígia Feliciano, em seu pronunciamento, ressaltou a participação da mulher na chapa majoritária e defendeu a continuidade dos projetos do governador Ricardo Coutinho nos próximos quatro anos. “Para mim, esse momento é marcante.
Nesse momento, o meu coração bate forte e quero falar de coração para coração: governador, estamos juntos partidariamente, e eu, como representante do PDT, tenho a honra de fazer parte dessa chapa e de pleitear a continuidade de um projeto que deu certo”, ressaltou Lígia, que é mãe do secretário estadual de Turismo e Desenvolvimento Econômico, Renato Feliciano.
Ela acrescentou que tem sensibilidade social, pois faz um trabalho social junto às camadas mais pobres de Campina Grande e de outros municípios da Paraíba, há 18 anos. “Todos me conhecem, trabalhando principalmente pelas camadas que mais precisam e elas vão nos ajudar. Venho com garra e coragem, pois tenho certeza que seremos vitoriosos”, frisou.
Lígia já disputou duas eleições, mas não foi eleita. Em 2002, foi candidata a senadora na chapa do então petista Avenzoar Arruda, que disputou o governo do Estado. Em 2008, concorreu a vice-prefeita de Campina Grande na chapa, encabeçada por Rômulo Gouveia.
LUCÉLIO
Ainda na sede da ACI, o candidato a senador Lucélio Cartaxo anunciou o vereador Benilton Lucena (PT), de João Pessoa, como seu primeiro suplente. Já o vice-prefeito de Patos, Lenildo Morais (PT), ficará na segunda suplência. Lucélio tranquilizou os petistas e socialistas, afirmando que não haverá intervenção da direção nacional do PT no diretório estadual e a aliança com o PSB está mantida, descartando aliança com o PMDB.
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