POLÍTICA
Ricardo chama impeachment de golpe e cobra afastamento de Cunha
Governador disse que não existem provas que motivem a saída de Dilma, mas sim contra Eduardo Cunha, a quem ele chamou de chantagista.
Publicado em 03/12/2015 às 11:22
O governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), chamou de “golpe” a abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT). Em duas postagens na rede social Twitter, nesta quinta-feira (3), o o socialista defendeu a chefe do Executivo federal e cobrou o afastamento do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB).
“Nossa democracia, com seus defeitos e virtudes, não pode ser refém de chantagens explícitas. O Golpe não passará. Precisamos de estabilidade”, disse o governador inicialmente. Na segunda postagem ele foi incisivo com relação ao presidente da Câmara. “Cassação de mandato só com provas explícitas e pessoais de crimes, aliás, que é o que existe contra Cunha. O Congresso precisa afastá-lo”, ressaltou.
Mesmo com o PSB distante do governo federal, Ricardo tem se mantido como aliado de Dilma Rousseff, desde o segundo turno das eleições de 2014. Inclusive quando o partido tentou embarcar na tese do impeachment o governador paraibano foi uma das vozes dissonantes. A sigla acabou desistindo da ideia.
Abertura do processo
O presidente da Câmara Eduardo Cunha aceitou o pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff na quarta-feira (2). O documento acatado foi protocolado no dia 14 de outubro pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaina Paschoal.
Ao apresentar o pedido, em outubro, Miguel Reale Junior informou que os juristas usaram como argumento a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) que rejeitou as contas do governo de 2014.
Ao se manifestar sobre o assunto, Dilma disse que recebeu a notícia com indignação, relembrando que seu mandato é exercido com base em escolha democrática pelo povo. Segundo a presidente, são “inconsequentes e inconsistentes” as ações contra ela. “Não paira contra mim nenhuma suspeita de desvio de dinheiro público. Não possuo conta no exterior. Nunca coagi e nem tentei coagir instituições em busca de satisfazer os meus interesses”, afirmou, atacando Cunha diretamente.
Comentários