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POLÍTICA

Rombo na prefeitura de CG supera os R$ 300 milhões

Durante entrevista coletiva, Romero apresentou extratos das contas bancárias sem recursos.

Publicado em 18/01/2013 às 6:00


O prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues, revelou ontem que herdou uma dívida da gestão do ex-prefeito Veneziano Vital do Rêgo superior a R$ 300 milhões e um caixa sem recursos.

Durante entrevista coletiva, no Palácio do Bispo, o tucano apresentou extratos das contas bancárias de 2 de janeiro praticamente sem recursos. A conta no Banco do Brasil referente ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) estava com o saldo zerado e a do Fundo de Participação Municipal (FPM) com R$ 110 mil, valor bloqueado pela Justiça para pagamento de um precatório.

Apesar dos municípios terem um repasse extra do FPM em dezembro, os extratos que solicitamos estavam todos zerados. O único valor encontrado está com bloqueio judicial, ou seja, mesmo constando na conta o montante de R$ 110.910,14, não podemos usá-lo, até que se resolvam as pendências judiciais”, alertou Romero.

Do total dos débitos, cerca de R$ 46 milhões são da Secretaria de Saúde. “São débitos com hospitais, fornecedores de equipamentos e medicamentos e até do aluguel do prédio onde funciona o Sistema Municipal de Saúde e unidade do Programa Saúde da Família”, informou Rodrigues, acrescentando que há um ano a locação do imóvel não é paga. Os donos da clínica Materdei cobram cerca de R$ 2 milhões da venda e aluguel de equipamentos à PMCG.

Ele citou que a empresa Biofast, por exemplo, cobra R$ 1 milhão pela prestação de serviços de exames laboratoriais em toda a cidade, na gestão de Veneziano, chegando a recolher todos os equipamentos.

“A saúde está mais que doente, mas vamos tentar resolver todas as pendências. O Pedro I está prestes a fechar e o hospital da FAP não anda nada bem. Vamos fazer o possível para resolver todos os problemas deixados pela gestão anterior”, pontuou.

Por sua vez, a dívida com precatórios está acima de R$ 100 milhões. Do Instituto de Previdência dos Servidores Públicos Municipais, enfatizou Romero, as dívidas chegam a R$ 25 milhões, referentes ao não repasse das contribuições previdenciárias patronal e do servidor. Já os débitos com salários atrasados (13º e folha de dezembro) estão na ordem de R$ 16 milhões e serão parceladas em três vezes. Da Secretaria de Serviços Urbanos, apenas uma empresa de limpeza está cobrando na Justiça R$ 13,2 milhões.

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Jornal da Paraíba

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