POLÍTICA
Romero fala em candidatura ao Governo; João ironiza declaração
Prefeito diz que desdobramentos da 'Operação Calvário' podem comprometer eleições de 2018.
Publicado em 22/05/2019 às 14:12 | Atualizado em 23/05/2019 às 7:43
Os possíveis desdobramentos da Operação Calvário, que apura desvios de recursos públicos na Saúde da Paraíba e já provocou o afastamento de vários secretários estaduais, podem provocar a nulidade das eleições estaduais do ano passado e a realização de um novo pleito. Esse é o entendimento do prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSD, revelado nesta terça-feira (21).
Ele acredita que o resultado do pleito foi “contaminado” pelos desvios investigados e admitiu que, caso isso ocorra, ele seria candidato ao Governo do Estado pelo PSD. “Eu toparia sim. Não fui candidato nas eleições passadas por questões óbvias, mas é um desafio que toparia para servir ao Estado e para colaborar com Campina. Ela precisa e merece parcerias importantes para sanar determinadas dificuldades”, comentou o prefeito.
Romero assume o comando do PSD estadual no próximo sábado (25), em Campina Grande. Na época das eleições de 2018 ele era filiado ao PSDB e o partido preferiu apoiar a candidatura de Lucélio Cartaxo (PV) ao Palácio da Redenção. Lucélio teve como candidata a vice a esposa de Romero, Micheline Rodrigues.
João rebate: 'sonho é livre'
Horas depois, ao participar da assinatura de empréstimos do Programa Empreender para comerciantes que irão trabalhar no Maior São João do Mundo em Campina Grande, o governador João Azevedo (PSB) ironizou as declarações do prefeito campinense.“O sonho é livre. Quem quiser sonhar sonha. O prefeito deveria cuidar da cidade. Ele deveria se preocupar com a cidade”, disse.
Operação Calvário
A Operação Calvário foi desencadeada em dezembro de 2018 com o objetivo de desarticular uma organização criminosa infiltrada na Cruz Vermelha Brasileira, além de outros órgãos governamentais.
A operação teve quatro fases e, em uma delas, a ex-secretária de administração do Estado da Paraíba, Livânia Farias, foi presa suspeita de receber propina paga pela Cruz Vermelha, que administrava o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa.
A investigação identificou que a organização criminosa teve acesso a mais de R$ 1,1 bilhão em recursos públicos, para a gestão de unidades de saúde em várias unidades da federação, no período entre julho de 2011 até dezembro de 2018.
Comentários