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POLÍTICA

Sessão sobre saúde na ALPB é marcada por denúncias

Secretário de Saúde do Estado, Waldson de Sousa, foi sabatinado por deputados na ALPB.

Publicado em 11/04/2013 às 17:16

A Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) realizou, nesta quinta-feira (11), no Plenário José Mariz, uma sessão especial com a participação do secretário estadual de Saúde, Waldson de Sousa, para prestar contas sobre ações e denúncias envolvendo a Secretaria de Estado da Saúde. A propositura foi dos deputados José Aldemir (PEN) e Aníbal Marcolino (PEN).

Na oportunidade, Waldson apresentou o relatório anual de gestão da pasta referente ao exercício de 2012 e destacou que de 2011 para 2012 o orçamento da secretaria aumentou de R$ 910 milhões para um pouco mais R$ 1 bilhão, graças aos esforços e organização da atual administração. O secretário ressaltou também que o Estado investe mais de R$ 38 milhões em obras em andamento, algumas em fase final de execução, para a construção e reforma de hospitais regionais. Ele ainda acrescentou que todos os dados da pasta estão disponíveis para verificação dos deputados e toda a população por meio do SARGSUS (Sistema de Apoio ao Relatório de Gestão).

Após o balanço de Waldson, alguns deputados fizeram uso da palavra. O primeiro deles foi Aníbal Marcolino, que denunciou “falta de medicamentos de uso controlado no Cedemex, caos nos hospitais regionais de Patos, Itabaiana, Itapororoca, Patos, Guarabira, e colapso nas UTIs do Arlinda Marques, no Clementino, ambos em João Pessoa, falta de anestesistas, funcionários em vários hospitais e cobrou explicações do secretário. “Para se ter uma idéia da falta de medicamentos, só em dois dias foram movidas mais de 60 ações contra o secretário”, completou.

Aníbal também denunciou um suposto esquema fraudulento no Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa, que é administrado pela Cruz Vermelha. Segundo Aníbal, Daniel Gomes da Silva, dono das empresas que atua no Trauma, responde processos nos estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande Sul e Goiás. O deputado ainda disse que é preciso se investigar o fato do tio de Daniel, Jayme Gomes, da empresa Toesa, ter doado R$ 300 mil reais para a campanha do governador Ricardo Coutinho (PSB) em 2010. Aníbal acrescentou que as empresas de Daniel seriam acusadas de irregularidades e mesmo assim ele gerencia R$ 8 milhões no Trauma. “Isto precisa ser investigado”, defendeu.

Waldson respondeu Aníbal e disse que o Estado tinha renovado contrato com cooperativas, portanto não existia caos nos hospitais. Com relação à suposta fraude na gestão do Trauma, cobrou que o deputado provasse a denúncia.

Já o deputado Gervásio Maia disse que são mais “de dois anos de governo e o básico nos hospitais regionais da Paraíba não funciona”. Trocolli Junior, por sua vez, e também denunciou a falta de medicamentos excepcionais, “caos” nos hospitais de Itabaiana e Itapororoca. Segundo ele, em Itabaina falta lençóis, toalhas, material de limpeza no hospital. Ele cobrou ainda ações da secretaria estadual de saúde para se recuperar dependentes químicos. “Hoje 80% dos crimes tem co-relação com o consumo de drogas, especificamente, o crack e não contabilizo nenhuma ação efetiva da secretaria de saúde na recuperação de dependentes químicos”, disse Trocolli.

O deputado Hervázio Bezerra, líder do governo na ALPB, defendeu o secretário Waldson afirmando que a sessão é a oportunidade para se fazer um grande debate para a melhoria da saúde do Estado. "O problema de saúde está em todo o país. A coisa é simples, pois o problema está no financiamento do setor. Precisamos nos unir para procurar soluções para a melhoria da qualidade de vida do povo paraibano", defendeu.

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Jornal da Paraíba

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