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POLÍTICA

TCU cobra devolução de R$ 8 milhões aos cofres da UFPB por irregularidade em obra

Ex-gestor da Fundação José Américo está sendo alvo da ação sobre irregularidades em obras.

Publicado em 17/01/2019 às 14:03 | Atualizado em 17/01/2019 às 17:12


                                        
                                            TCU cobra devolução de R$ 8 milhões aos cofres da UFPB por irregularidade em obra
Campus I da UFPB

				
					TCU cobra devolução de R$ 8 milhões aos cofres da UFPB por irregularidade em obra
Campus I da UFPB. Foto: Divulgação. Campus I da UFPB

Após verificar irregularidades na execução do contrato para realização das obras da terceira fase do Campus IV da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), no Litoral Norte, o Tribunal de Contas da União (TCU) intimou um ex-gestor da Fundação José Américo, responsável pela execução da obra. Ele tem um prazo de 15 dias para apresentar defesa das acusações ou efetuar a devolução de R$ 8.780.927,49 aos cofres da UFPB. A intimação foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (17).

Do valor, que está atualizado monetariamente até o dia 15 de janeiro, deve ser repassado R$ 8.043.750,00 em solidariedade com a Fundação José Américo e R$ 737.177,49 em solidariedade com a Fundação José Américo e Roberto Maia Cavalcanti.

De acordo com o TCU, o processo foi instaurado em decorrência da não comprovação a boa e regular aplicação dos recursos do convênio entre a UFPB e a FJA. O objeto conveniado não teria sido executado, o que provoca dano ao erário de mais de R$ 8 milhões, já que os valores não foram devolvidos nem constam de conta específica. Sequer os comprovantes de despesa foram apresentados, segundo o edital.

O Jornal da Paraíba tentou contato telefônico com o ex-gestor da Fundação José Américo intimado pelo TCU, Eugênio Pacceli Trigueiro Pereira, mas as ligações não foram atendidas até as 14h desta quinta-feira.

Desdobramentos

Caso as alegações de defesa sejam rejeitadas, as contas do responsável poderão ser julgadas irregulares. Com isso, o gestor será condenado ao pagamento dos débitos atualizados e acrescidos de juros de mora. Isso significa que ele teria que devolver R$ 12.649.521,26, além de pagar multa.

A Tomada de Contas feita pelo TCU investiga as irregularidades e desvios de recursos. De acordo com a publicação do edital, caso haja a liquidação tempestiva do débito, o processo será saneado caso o TCU reconheça a boa-fé do responsável e seja constatada a inexistência de outras irregularidades no processo. Neste caso, o tribunal julgaria as contas como regulares com ressalvas.

No entanto, caso não seja reconhecida a boa-fé do responsável ou caso sejam detectadas outras irregularidades, “o mero recolhimento do débito atualizado monetariamente não impedirá eventual condenação ao referido pagamento acrescido de juros de mora, abatendo-se os valores já recolhidos”.

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Angélica Nunes

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