POLÍTICA
TRE quer segurança reforçada em 18 cidades paraibanas
Reforço deve acontecer principalmente nas grandes cidades, a exemplo de João Pessoa e Campina Grande.
Publicado em 08/08/2014 às 7:24 | Atualizado em 05/03/2024 às 14:15
O Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) realizou ontem, em João Pessoa, a última de três reuniões para traçar o Plano de Segurança para as Eleições 2014. O Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) vai elencar 18 cidades na quais a segurança é considerada mais complexa no período das eleições. A informação é do superintendente da Polícia Civil na Região Metropolitana, Wagner Dorta.
“Quando o TRE definir, vai nos passar e é justamente nessas cidades que haverá reforço na segurança pública”, disse o superintendente. Segundo Dorta, o reforço policial deve acontecer principalmente nas grandes cidades, a exemplo de João Pessoa, Campina Grande, Patos e Guarabira. O TRE-PB, no entanto, não confirmou nem refutou a informação.
Entre as propostas de reforço na segurança apresentadas por promotores de justiça e juízes eleitorais na reunião de ontem, estão oito municípios, tais como Rio Tinto, Marcação e Baía da Traição, no Litoral Norte do Estado. Nas eleições de 2012 foram registradas ocorrências policiais em aldeias indígenas de Baía da Traição. Já nos municípios de Mataraca, Capim e Cuité de Mamanguape, a maior deficiência constatada foi em relação à Polícia Civil (PC), já que os três municípios são atendidos pelo efetivo policial de Mamanguape. Em Pedras de Fogo a reivindicação é para que seja disponibilizada uma viatura e mais dois agentes da PC. Em João Pessoa, os bairros localizados na periferia da cidade devem receber uma atenção maior das polícias durante o pleito.
As propostas apresentadas nas três reuniões devem ser implementadas pela Secretaria de Estado da Segurança e Defesa Social e inseridas no Plano de Segurança, que será divulgado na próxima semana. Conforme o presidente do TRE-PB, desembargador Saulo Benevides, o TRE está buscando solucionar os problemas relacionados ao efetivo policial. “A proposta que existe do Comando da Polícia Militar e da Polícia Civil é de colocar delegados onde não existe e aumentar o efetivo da Polícia Militar nos municípios onde a gente sabe que nas eleições são mais problemáticos”, disse o desembargador.
Na próxima semana o TRE-PB deve concluir o seu Plano de Segurança e convocar uma reunião com a Seds, Polícia Federal (PF) e Polícia Rodoviária Federal (PRF) para fazer as adequações necessárias de forma que o planejamento possa contemplar as carências de todas as zonas eleitorais do Estado.
O presidente do TRE ainda explicou que a PF, por ter um efetivo reduzido, vai atuar apenas nas cidades polo. “Mas sempre que houver um problema mais significativo em determinada área, o juiz eleitoral pode pedir a presença da Polícia Federal”, frisou.
Por enquanto, o desembargador descartou a convocação de tropas federais para a Paraíba. “As tropas federais só são convocadas para uma zona eleitoral ou até para todo o Estado, se houver uma omissão grave das forças de segurança locais. Até o momento isso não ocorreu e espero que não ocorra”, disse Benevides.
Quinze juízes eleitorais e 16 promotores de justiça, além do procurador-geral de Justiça, Bertrand Asfora, e do procurador regional eleitoral, Rodolfo Alves, participaram da reunião realizada ontem.
O procurador Rodolfo Alves afirmou que a maior preocupação da Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) é para que haja uma sintonia entre juízes, promotores com as forças de segurança para evitar a prática de crimes e constituir uma central de coordenação para resolver os problemas constatados no pleito.
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