Hospital do Valentina deixa de ser exclusivo para crianças com Covid-19

Decisão de tornar Hospital do Valentina híbrido no atendimento foi tomada após uma recomendação do CRM-PB, que identificou uma subutilização do espaço.

Bloco cirúrgico do Hospital do Valentina — Foto: Divulgação/Secom-JP

O Hospital Municipal do Valentina, em João Pessoa, passa a funcionar novamente de forma híbrida, atendendo crianças com Covid-19 e também outras enfermidades, a partir desta segunda-feira (21). A decisão foi tomada após uma recomendação do Conselho Regional de Medicina (CRM), que identificou uma subutilização do espaço.

A unidade de saúde passou a atender pacientes exclusivamente com Covid-19 no dia 8 de fevereiro após uma reunião entre representantes das unidades de saúde e do poder público.

Na última sexta-feira (18), o CRM-PB constatou que seis das sete crianças internadas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital do Valentina testaram positivo para a Covid-19 depois que foram hospitalizadas.

Ainda na inspeção, foi verificado que há abastecimento de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), medicamentos, sedativos, além de profissionais em número suficiente. No entanto, os recipientes de álcool em gel, nos corredores do hospital, estavam vazios.

Também de acordo com o CRM, o hospital está com um número seguro de taxa de ocupação. Dessa forma, o órgão propôs aos gestores a ideia de desmobilizar o hospital para ser centro de referência exclusivo para tratamento da Covid.

Atualmente, dos 30 leitos de enfermaria da unidade, 13 estão ocupados com crianças com Covid-19. Dos dez leitos de UTI disponíveis na unidade de saúde, oito estão ocupados, e uma criança está em isolamento com Covid-19.

A orientação da SES é que as crianças com sintomas de Covid-19 como febre, fadiga, coriza e tosse devem buscar, em primeiro lugar, a Unidade Básica de Saúde (UBS), onde será avaliada a necessidade de encaminhamento para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) ou a um dos hospitais de referência.

Caso apresente sintomas como falta de ar e fadiga, a criança poderá precisar de uma assistência especializada e deverá ser encaminhada para os hospitais pediátricos de referência para o agravo.