Por LAERTE CERQUEIRA
Em meio a uma crise de saúde sem precedentes, o cardiologista paraibano Marcelo Queiroga foi convidado pelo presidente Bolsonaro e aceitou ser o novo ministro da Saúde do Brasil. Será o quarto desde o início da pandemia.
Hoje, ele se reuniu com presidente Bolsonaro por 3 horas. O próprio Bolsonaro confirmou a apoiadores.
“Foi decidido agora à tarde a indicação do médico, doutor Marcelo Queiroga, para o Ministério da Saúde. Ele é presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia. A conversa foi excelente, já conhecia há alguns anos, então não é uma pessoa que tomei conhecimento há poucos dias. Tem tudo no meu entender para fazer um bom trabalho, dando prosseguimento em tudo que o Pazuello fez até hoje”, afirmou Bolsonaro a apoiadores ao chegar no início da noite à residência oficial do Palácio da Alvorada.
Posicionamentos
Queiroga não defende a cloroquina porque o medicamento não tem aval da comunidade científica, é a favor do distanciamento social. Porém, mesmo com diferenças de “posicionamentos”, é amigo pessoal do presidente e tem a confiança dele.
Para muitos interlocutores, tem jogo de cintura e pode evitar o confronto com o presidente, focando, agora, em um plano de vacinação mais eficiente. Defesa que o presidente e seus filhos já estão fazendo.
O paraibano é um “técnico”, não tem problemas com o Centrão e é respeitado entre os médicos. Basta saber se ele será habilidoso o suficiente para passear bem por todos esses “campos de pressão”.
Ele assumirá a pasta no lugar do atual ministro, general Eduardo Pazuello, criticado pela forma como a pandemia no país vem sendo conduzida. Diga-se de passagem, fazendo o que o presidente manda.
Biografia de Queiroga
Graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Paraíba, é especialista em cardiologia e tem doutorado em Bioética pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto/Portugal. É presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Dirige o departamento de hemodinâmica e cardiologia intervencionista (Cardiocenter) da Unimed João Pessoa e é médico cardiologista intervencionista no Hospital Metropolitano, em Santa Rita.
Integra ainda o Conselho Regional de Medicina do Estado da Paraíba como Conselheiro Titular.
Ontem não tinha convite, hoje vira ministro
Ontem, Queiroga disse ao Conversa Política que ainda não tinha recebido convite de Bolsonaro, mas se mostrou aberto a ouvir. Hoje, a cardiologista Ludhmila Hajjar recusou o convite de Bolsonaro para assumir Ministério da Saúde.
“Diga-se de passagem, fazendo o que o presidente manda”. Frase maldosa. Esses jornalistas, donos da verdade, não conseguem nem mesmo disfarçar sua sanha manipulatória permeando o trabalho diário. Compromisso com a tal ética jornalística? Zero. São eternos militantes tratando o leitor como um bando de idiotas.
Com o veneno em meio ao que era de se supor informação, atiram a credibilidade do veículo na lata do lixo.
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