Por LAERTE CERQUEIRA e ANGÉLICA NUNES
Não foi por falta de alerta. Mas pelo aumento das aglomerações, não uso de máscara, diminuição do distanciamento social e negacionismo (ou “negativismo”, como disse um vereador de Campina). O resultado é que em 24 horas, de ontem pra hoje (20), as autoridades de saúde da Paraíba registraram 109 internações. Pouco mais de quatro pessoas por hora. O maior número desde o início da pandemia.
A média de internação em 20 dias de maio é de 76 pessoas. A maior média de 2021.
Atualmente, 920 pessoas estão internadas na Paraíba. Esta semana, o governador João Azevêdo (Cidadania) admitiu que estamos entrando na terceira onda e que será elaborado um “decreto junino” para evitar o aumento da nossa tragédia diária.
Nas últimas 24 horas, 19 pessoas morreram. Outras 15 mortes, que aconteceram entre 16 de março e hoje, entraram neste último boletim.
Ocupação 
No Sertão, a ocupação é de quase 90%. Na Região Metropolitana de Campina Grande e João Pessoa é de 68% e 76%, respectivamente. Mas não vai demorar muito para subir. Vale lembrar que a pressão no sistema só não é maior, ainda, por causa dos esforços para ampliar o número de leitos lá na “segunda onda”. Boa parte deles foi mantida.
Os índices revelam um quadro de agravamento, de mais dores, mais mortes, mas despedidas. Não naturalizemos essa realidade.
