Quem escolhe e quais os critérios para usar a “reserva técnica” de leitos em Campina Grande ?

Por LAERTE CERQUEIRA e ANGÉLICA NUNES 

Quem escolhe e quais os critérios para usar a "reserva técnica" de leitos em Campina Grande ?

Nesta segunda-feira (24), autoridades de Saúde do estado, de Campina Grande, CRM e do Ministério Público da Paraíba vão discutir para que serve, por que existe e quem são os “escolhidos” para ocupar leitos na chamada “reserva técnica”, que foi criada no Hospital Pedro I, em Campina Grande. O hospital é referência Covid-19 para a cidade e mais 69 municípios da região. A reunião será às 13h30.

Semana passada, para “preservar” a reserva técnica, pacientes foram trazidos da região de Campina e foram internados em João Pessoa. No dia, as outras unidades de referência Covid-19 na cidade não tinham vagas e os “leitos guardados” não poderiam ser usados.  Pode ser que haja explicação legal para isso. Mas alguém precisa deixar o procedimento mais claro.

Ou seja, é preciso explicar o motivo de “guardar leitos”. Como são públicos, não devem estar disponíveis “para geral”, submetidos a um único critério de ocupação? O do Estado? O Pedro I pode criar um sistema paralelo? O Ministério Público deve esclarecer isso.

Segundo o secretário de Saúde, Geraldo Medeiros, em entrevista ao Bom Dia Paraíba, nesta segunda-feira (24), “não tem sentido nós termos reserva técnicas de 20 ou 30 leitos com pacientes precisando ser internados”.

A direção do Pedro I afirmou em várias entrevistas à imprensa que essa reserva é para atender uma “livre demanda, uma demanda espontânea” e não entra na regulação. Por quê? Como justificar reserva quando há necessidade imediata?

Hoje, espera-se alguma explicação mais clara.