Nova técnica pode representar revolução na prevenção do mal de Alzheimer

Após sucesso com ratos, técnica será testada com humanos.
Cientistas acreditam que exame estará disponível dentro de 2 anos.

Do G1

Um exame desenvolvido por cientistas britânicos busca detectar o mal de Alzheimer até 20 anos antes de a pessoa apresentar sintomas e pode representar uma revolução na prevenção da doença.

A nova técnica permite enxergar o futuro do cérebro, saber, através dos olhos, se o cérebro vai ser vítima do mal de Alzheimer, doença degenerativa que provoca demência e que atinge cerca de 30 milhões de pessoas em todo o planeta, a maioria com mais de 65 anos de idade.

O mal de Alzheimer pode ser amenizado com medicamentos, mas depende de quando a doença é descoberta. Quanto mais cedo, melhor. É, por isso, que a técnica desenvolvida em Londres vem sendo considerada revolucionária, pois permite um diagnóstico com até duas décadas de antecedência.

Técnica

O reagente desenvolvido pelos cientistas britânicos pode ser pingado nos olhos como um colírio ou ser aplicado por meio de uma injeção. O alvo dos pesquisadores foi a retina, parte do olho que eles consideram uma extensão do cérebro.

Ao atingir a retina, a substância assinala as células mortas, que são detectadas por uma câmera com raios infra-vermelhos. Cada pontinho é uma célula morta. Mais de 20 pontos, é sinal de Alzheimer.

A cientista que coordenou a pesquisa diz que a grande vantagem é poder começar o tratamento logo, não só para desacelerar o envelhecimento e a morte de células, mas, principalmente, para regenerá-las.

A técnica já foi um sucesso com ratos de laboratório e agora começa a ser testada também em humanos. Os cientistas acreditam que dentro de 2 anos qualquer oculista vai poder fazer esse tipo de exame.