Seminário de Mídias Digitais reúne especialistas e estudiosos em JP

Encontro entre a internet, televisão e até o telefone celular, e como estas novas mídias podem são incorporadas ao cotidiano foram temas do evento ocorrido no Hotel Tambaú.

Maurício Melo e Karoline Zilah

As potencialidades, estruturas tecnológicas, funções e novidades das Mídias Digitais foram discutidas nesta terça-feira (4) em João Pessoa no seminário "Mídias Digitais: tendências e desafios na nova era da comunicação". Quatro especialistas palestraram e tiraram dúvidas num auditório lotado no Hotel Tambaú.

Veja como foi o acompanhamento do evento pelo Twitter

Também foram assuntos das discussões o encontro entre a internet, a televisão e até o telefone celular, e como o jornalismo online do portal G1 incorpora todos estes recursos às notícias em seu cotidiano de trabalho na Rede Globo.

O primeiro a falar foi o paraibano Guido Lemos. Ele é coordenador do Laboratório de Aplicações de Vídeo Digital (Lavid-UFPB) e é um dos desenvolvedores do sistema que vai estar presente em todos os dispositivos de interatividade nas TVs Digitais. Ele, junto com outros pesquisadores, desenvolveu um sistema de transmissão que oferece as melhores qualidades de imagens do mundo.

Em sua palestra ele explicou como, tecnicamente, funcionam os mecanismos de interatividade, além de outros sistemas que serão utilizados pela TV Digital. Ele destacou, entre muitas funções, a possibilidade de disponibilizar várias câmeras para um mesmo evento. Ou até ângulos novos num jogo. Segundo Lemos, uma simples enquete na TV Digital pode se transformar num "plebiscito" com a participação de centenas de milhares de pessoas.

Seminário de Mídias Digitais reúne especialistas e estudiosos em JPO segundo palestrante do dia foi Emanuel Castro (foto), diretor de novas mídias da Central Globo de Esportes, e se a primeira falou de recursos técnicos e suas aplicações, a segunda foi sobre o conteúdo e sua importância nesta mudança que o mundo da informação vem passando.

Para ele, os veículos como existiam não importam mais. "Televisão não é a caixa com uma tela, é uma linguagem que pode ser usada em outrasmídias, inclusive digitais."

"O jornal não é o papel. Aliás, o jornal já morreu. Morreu e renasceu muito melhor", disse. De acordo com o jornalista, é preciso entender que o relevante são os conteúdos e que eles podem ser aproveitados e convertidos para qualquermídia. Para ele ler o jornal, assistir TV, ou acessar a Internet são experiências e não ficam presos à tela, papel ou monitor, e por isso, nunca vão acabar.

TV Digital e convergência de mídias

Seminário de Mídias Digitais reúne especialistas e estudiosos em JPA convite do evento, Carlos Ferraz (foto), do Centro de Estudos Avançados de Recife (Cesar), falou sobre a TV Digital e a convergência de recursos. Ele demonstrou o que está sendo desenvolvido em laboratório para que o público tenha acesso a informações interativas em seu televisor e via celular.

Aliás, um dos pontos principais de sua fala foi o aparelho celular que, segundo ele, é um clássico exemplo de convergência de mídias, pois deixou de ser apenas telefone e para se transformar em computador e televisão ao mesmo tempo. Por meio de bluetooth, por exemplo, é possível utilizá-lo até como controle remoto para a TV Digital, comentou o especialista.

Ele ressaltou que na TV analógica esta interatividade do público com a programação já existe, porém de forma limitada, como no programa Big Brother Brasil, onde os telespectadores telefonam ou enviam mensagem de SMS para decidir qual participante deverá ser eliminado.

Carlos Ferraz ainda citou como representações de convergências de mídias alguns programas desenvolvidos pelo Cesar para onde o público podia acessar, pela televisão, o quadro de medalhas dos Jogos Olímpicos e informações sobre o clima/tempo.

Jornalismo Online: o caso do G1

Seminário de Mídias Digitais reúne especialistas e estudiosos em JPNa palestra seguinte, foi a vez dos participantes conhecerem como funciona a cobertura jornalística do portal de notícias G1, canal de encontro de todas as mídias tocadas pela Rede Globo. O público conheceu a estrutura física e organizacional do site a partir do número de jornalistas atuantes e como eles estão espalhados pelo Brasil.

Outros aspectos abordados pelo editor executivo Renato Franzini foram a importância dos portais de notícias como fontes de pauta para os demais meios de comunicação e para a sociedade; os critérios de hierarquização das notícias na capa do G1; a relação do site com o seus internautas no chamado ‘Jornalismo Colaborativo‘; e o aprimoramento de recursos diferenciados que agregam valor à notícia, como a utilização de fotografias em 360º e de infográficos para contextualizar fatos.

Clique aqui para acessar os links de notícias do G1 utilizadas pelo palestrante como exemplo de inovação.

Evento

No evento, o público teve a oportunidade de interagir com os palestrantes ao final das apresentações tirando suas dúvidas. Até os internautas que acompanhavam a cobertura em tempo real feita pelo Paraíba1 via Twitter tiveram voz e receberam respostas para seus questionamentos.

No quesito infraestrutura, o auditório do Hotel Tambaú ganhou uma ambientação futurista. De acordo com Armando Ponzzi, a iluminação azul sobre o cenário montado para os palestrantes remetia às novidades tecnológicas. A responsável pela idealização do perfil do evento foi a WA Produções.