Mercado de combustíveis cresce 8,4% em 2010 e tem novo recorde

Do G1

O mercado de combustíveis no Brasil registrou crescimento de 8,4% em 2010 sobre o ano anterior, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo e Gás (ANP). Esse resultado foi igual ao maior já registrado pela agência, em 2008, quando a economia estava aquecida. O volume total de combustível consumido no ano passado foi de 117,936 milhões de metros cúbicos de litros.

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A expectativa é que este ano o mercado continue a crescer acima do Produto Interno Bruto (PIB). A estimativa feita pela ANP prevê um avanço em torno de 7% do consumo de combustíveis em 2011, segundo o diretor da agência Allan Kardec.

Devido ao aumento dos preços do açúcar no mercado internacional, o país registrou crescimento do consumo de gasolina e, consequentemente, redução do uso de álcool. A gasolina C registrou alta de 17,5% em 2010, na comparação com o ano anterior, e o tipo A cresceu 19,4%.

Usando a mesma base de comparação, o álcool anidro, utilizado na mistura com a gasolina, registrou alta de 11,6%. Já o consumo de etanol hidratado, usado nos carros flex, caiu 8,5%. O GNV, por sua vez, teve queda de 4,8% no ano passado.

"Há atualmente demanda maior internacional por açúcares no mercado. Há então movimentação natural no mercado", disse Kardec. Ele ressaltou também uma entrada maior de veículos novos estrangeiros no país, que aceitam apenas a utilização de gasolina como combustível. Os veículos só à gasolina cresceram 31% no país em 2010, na comparação com 2009, e aqueles que são flex avançaram 6,9% em relação ao mesmo período.

No ano passado, o maior destaque foi para os combustíveis de aviação, de acordo com o superintendente de Abastecimento da agência reguladora, Dirceu Amorelli. "O pessoal está viajando muito. Quem precisa de avião para trabalhar está percebendo", disse.

O consumo da querosene de aviação avançou 15,1% no ano passado em comparaçaõ ao ano anterior. Já o de gasolina de aviação cresceu 11,3% no período.

Outro destaque foi para o diesel, cujo consumo foi 11,2% superior ao ano anterior. A participação do diesel na matriz de consumo veicular é de 50%. Em 2009, o consumo do combustível havia caído 1%, devido à crise financeira internacional.