VAMOS TRABALHAR
Cresce procura por técnicos
Mapa do trabalho divulgado pelo Senai, mostra que indústria brasileira irá precisar de 7,2 milhões de trabalhadores de nível técnico.
Publicado em 07/10/2012 às 6:00
De 2012 a 2015, a Paraíba precisará de 12,5 mil profissionais com qualificação técnica (sendo seis mil de nível médio e 6,5 com qualificação superior), segundo estimativa do Serviço Nacional de Aprendizagem (Senai). Neste mesmo período, a expectativa é que anualmente sejam abertas 3.100 vagas para os técnicos. Os dados foram projetados no Mapa do Trabalho Industrial, divulgado na última semana pelo Senai.
A demanda por profissionais de nível técnico na Paraíba segue o fluxo nacional. Segundo o mapa do trabalho divulgado pelo Senai, a indústria brasileira irá precisar de 7,2 milhões de trabalhadores de nível técnico para suprir a demanda das empresas até 2015.
Desse total, 1,1 milhão deve ser para novas oportunidades no mercado. O restante já está trabalhando e precisa manter-se qualificado para acompanhar os avanços tecnológicos da indústria. Na região Nordeste a demanda por técnicos é de 845 mil vagas.
De olho neste mercado em potencial, o ensino técnico está em expansão na Paraíba. Exemplo disso é que no processo seletivo de 2011 para 2012 (realizado no ano passado), o Instituto Federal de Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB) registrou um aumento de 10% na procura por um dos 61 cursos (entre técnicos integrados ao Ensino Médio e Subsequentes) oferecidos na instituição.
A grade das qualificações do IFPB também foi ampliada, recebendo mais três novos cursos (Secretariado, Contabilidade e Geologia) este ano para atender à demanda crescente por parte dos candidatos. E um dos fatores motivadores para tanta procura por qualificação técnica é a atual falta desse tipo de profissional no mercado de trabalho.
Segundo a coordenadora do Sistema Nacional de Empregos da Paraíba (Sine-PB) - em João Pessoa -, Deise Raquel, em áreas como Mecânica, Informática, Eletrônica, Eletromecânica e Edificações, as vagas chegam a ficar abertas durante mais de dois meses.
No Sine-JP, a demanda por profissionais dos ramos citados também é recorrente e alguns empregadores acabam estendendo a vaga para pessoas que ainda estão realizando a qualificação. “Recentemente cadastrei uma vaga de projetista para Arquitetura, em que o empresário abriu uma exceção para contratar um funcionário que ainda esteja estudando”, exemplificou o assistente de Intermediação do Sine-JP, Tarcísio Batista.
Ainda segundo ele, apesar da recorrente oferta de vagas para profissionais com qualificação técnica, os salários oferecidos nem sempre agradam os que procuram emprego nessa área – sendo esse outro motivo pelo qual os postos de trabalho demoram a ser ocupados.
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