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Sensibilidade no ato de cuidar
Publicado em 27/09/2015 às 8:15
A cuidadora Rosimeire Pereira começou a lidar com o serviço quando sua mãe teve um AVC em 2008. "Como ela ficou precisando de maiores cuidados, comecei a ter prática. Eu que a acompanhava, dava banho, esse tipo de coisa. Hoje em dia, dou plantões, geralmente à noite, em casa ou nos hospitais", afirma.
Segundo ela, no hospital geralmente suas atividades ficam restritas a acompanhar o idoso, dando seu banho e fazendo toda a parte de higienização. Já quando o idoso está em sua própria casa, ela fica responsável também pelo preparo dos alimentos. "Em casa a gente cuida da alimentação, da medicação na hora certa e somos, acima de tudo, uma companhia. Damos massagem, conversamos...", comenta.
Para ela, o ponto mais positivo da profissão é a troca de experiências que tem com os idosos. "São muitos ensinamentos que eles nos passam, por conta da vivência que eles têm. Fora o lado deles serem muito carinhosos, muito dependentes de afeto", comenta. Já no extremo oposto, a parte que mais lhe causa medo é o momento de dar banho, tendo em vista que eles, muitas vezes, podem cair, mesmo com o auxílio.
Mesmo gostando tanto do carinho dos idosos, no entanto, ela tem consciência: a pessoa tem que ser extremamente profissional. "Se você criar uma relação de afeto, você nunca vai querer largar aquele idoso, e você tem que saber que o que está prestando é um serviço. Claro que você liga pra saber como está e tudo mais, mas é necessário você ter em mente que aquilo é algo profissional", pontua.
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