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VIDA URBANA

MP investiga suposta negligência em morte de criança no Hospital Regional

Criança de um ano que teria aspirado um grão de feijão não teria sido atendida em hospital na segunda-feira (6) por falta de anestesista.

Publicado em 07/12/2010 às 8:33

Alberto Simplício
Do Jornal da Paraíba

A morte de Mayana Beatriz Silva, de um ano de idade, no Hospital Regional de Emergência, em Campina Grande, vai ser investigada pelo Ministério Público. A criança, que havia aspirado um grão de feijão, deu entrada no Regional às 11h da segunda-feira (6) em estado grave. Ela havia sido encaminhada pelo Hospital da Clipsi para a realização de uma bronco-fibroscopia, procedimento cirúrgico que não foi feito no Regional devido à ausência de anestesistas no hospital.

O prontuário médico da criança afirma que ela foi submetida ao uma traqueostomia de urgência, perfuração feita na região da garganta para garantir a passagem de ar e impedir a asfixia, e realizadas todas as manobras de animação, ações não suficientes para evitar a morte da criança às 12h10.

Segundo a assessoria de imprensa do Regional, o estado da criança era extremamente delicado e, apesar da broncoscopia não ter sido realizada, não se pode dizer se era possível ter salvo a vida da menina. O diretor do hospital, João Menezes, se encontra em João Pessoa para tentar uma solução para o problema da paralisação dos anestesistas.

Ainda de acordo com a assessoria, 21 anestesistas que firmaram contrato com a unidade, após o encerramento do acordo com a Cooperativa dos Anestesistas, anunciaram na última sexta-feira que iriam paralisar os serviços. Existe no hospital apenas três profissionais efetivos, que estão trabalhando, mas o plantão de dois deles só seria realizado à noite.

Os 21 anestesistas foram contratados emergencialmente por um período de 60 dias, através de um acordo firmado entre a Promotoria da Saúde e a Secretaria Estadual de Saúde. O Estado deveria realizar neste período um concurso público para a contratação de anestesistas efetivos. Os profissionais contratados alegam que a paralisação foi motivada pelo encerramento do contrato, enquanto que o hospital diz que ele ainda está em vigor.

O promotor da Infância e da Juventude, Herbert Targino, enviou ofício à Secretária Estadual de Saúde e pediu providências urgentes ao secretário para a garantia do serviços dos anestesistas no Regional, cuja falta, segundo ele, foi responsável pela morte da criança.

O promotor também se antecipou e cobrou também empenho para evitar que a paralisação dos serviços dos médicos ortopedistas, marcada para amanhã, não venha a gerar maiores transtornos para a população. À tarde, ele visitou o Regional para obter informações sobre a morte de Mayana Beatriz e solicitou o envio da escala dos médicos plantonistas e cópia do prontuário médico da criança.

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Jornal da Paraíba

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