VIDA URBANA
Prefeitura de João Pessoa promove Semana da Luta Antimanicomial
Melhores condições de tratamento às pessoas com problema psíquico, pautadas no respeito e na liberdade de ir e vir.
Publicado em 21/05/2011 às 11:03
Da Secom-JP
Melhores condições de tratamento às pessoas com problema psíquico, pautadas no respeito e na liberdade de ir e vir. Este será um dos assuntos que irão ser discutidos durante a ‘I semana Antimanicomial’, realizada a partir desta segunda-feira (23), até o dia 31 de maio, pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
O evento, que terá a abertura oficial às 15h no Ponto Cem Réis com um ato público, contará com diversas ações simultâneas realizadas nas unidades especializadas em tratamento de Saúde Mental em João Pessoa, entre exposições, palestras, mesas redondas e fóruns.
Durante a semana serão debatidos temas como estratégias de intervenção dos Centros de Atenção Psicossociais (Caps) e das equipes de Saúde da Família, palestras sobre o uso de álcool e outras drogas, além da promoção de ações do projeto ‘João Pessoa Saudável’ nas Praças do Bispo (Centro) e Paz (Bancários).
Segundo Izabel Costa, técnica de saúde Mental da secretaria, a realização de um evento como esse é importante porque abre espaço para se discutir estratégias para melhorar o atendimento a essa parcela da população, que além de transtornos mentais sofrem com a dependência química.
“A luta manicomial, comemorada no dia 18 de maio, reflete um movimento contra a internação considerada desnecessária. O que se busca são meios de tratamento alternativo através de serviços substitutivos, onde o usuário exerce seus direitos e é estimulado a reinserção social e a cidadania”, afirmou Izabel.
Luana Alves, coordenadora técnica do Consultório de Rua, destacou que o objetivo da luta antimanicomial é sociabilizar o usuário e diminuir o preconceito da população. “Nosso objetivo é reinserir na sociedade a pessoa com transtorno mental, através da substituição das internações manicomiais pelos serviços substitutivos, como os oferecidos nos Caps, na residência terapêutica e no Programa de Volta pra Casa. Com isso, vamos diminuir o preconceito que a população tem com as pessoas com problema psíquico, como também aos usuários de substâncias psicotrópicas”, argumentou à coordenadora.
Estrutura
Segundo Izabel Costa, a cidade de João Pessoa conta hoje com uma média de duas mil pessoas cadastradas utilizando o serviço de apoio á saúde mental da rede municipal. Ao todo são quatro Centros de Atenção Psicossociais (Caps): O Caps AD, específico para tratamento de Álcool e Drogas, que funciona até as 18h, mas está em processo de ampliação para horário integral; o Caps I, no bairro do Roger, que atende exclusivamente crianças e adolescentes com situações de problemas psíquicos e com álcool e drogas; o Caps II, situado na Cidade Universitária, que é destinado ao tratamento psíquico ou mental e tem a previsão de ser transformado em Caps III, ou seja, em horário integral e o Caps III Gutemberg Botelho, situado em Tambauzinho, que funciona em horário integral e destinado para quem tem transtornos mentais.
Além dos Caps, o usuário conta com o Pronto Atendimento em Saúde Mental (Pasm), que funciona no Complexo Hospitalar Governador Tarcísio Burity, no bairro de Mangabeira, responsável em atender urgências psiquiátricas.
Projetos
O município de João Pessoa dispõe ainda de duas equipes do Consultório de Rua, formada por enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais e oficineiros de dança, capoeira, artista circense e músicos que cuidam de pessoas em situações de vulnerabilidade social. A equipe presta apoio de serviços de saúde e encaminha o usuário para rede de assistência à intersetorialidade.
O governo municipal desenvolve também outros dois projetos que fornecem auxílio às pessoas com distúrbio mental. O primeiro é a residência terapêutica, onde moram pessoas com histórico de uma internação manicomial prolongada sem vínculo familiar. Já para os portadores que têm vínculo familiar, a Secretaria de Saúde, com recursos do Ministério da Saúde (MS), busca estes parentes para que os usuários retornem ao lar. Estas famílias passam a receber um auxílio financeiro para auxiliar no tratamento.
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