CULTURA
Chico Pereira expõe órgão onde pulsa arte
Semiótica, Sociologia e Arte da Imagem do Coraçãoserá aberta nesta sexta-feira (18), às 20h, na Usina Cultural Energisa.
Publicado em 18/10/2013 às 6:00 | Atualizado em 18/04/2023 às 17:18
Em 1978, Chico Pereira encontrava nos arquivos do recém criado Núcleo de Arte Contemporânea (NAC), em João Pessoa, a propaganda de um analgésico: "Era uma gravura com o coração de Jesus e a frase: 'Alivia, acalma e reanima'. Eu achei isso muito interessante", lembra Chico, que passou a adotar a figura como elemento central de suas investigações criativas.
Semiótica, Sociologia e Arte da Imagem do Coração, exposição individual que o artista abre hoje, às 20h, na Usina Cultural Energisa, é uma ode pictórica a este órgão que o fascina a ponto de sair na rua catando qualquer material que tenha impressa alguma representação dele.
"Eu sou tão obcecado pelo assunto que tenho até um CD que o meu amigo Jomard Muniz de Brito me deu de presente com quarenta canções que falam do coração", conta Chico, cantarolando os versos de 'Coração bobo', de Alceu Valença.
Em cartaz na capital até 17 de novembro, a mostra faz parte do projeto '10 Anos - 10 Exposições', da Energisa, e é uma prévia de outro projeto particular de Chico: o '50/70', que vai celebrar em 2015 seus 50 anos de carreira e 70 de idade.
ABRINDO O 'CORAÇÃO'
"O aniversário já é em 2014, mas como é apenas em dezembro eu resolvi adiar a comemoração para coincidir com o cinquentenário da data em que fiz minha primeira exposição individual, no hall do Teatro Municipal Severino Cabral, em Campina Grande", explica.
O coração há de aguentar até lá: a imagem sanguínea do punho que bate no lado esquerdo do peito é, para Chico Pereira, o mais universal dos símbolos e deve permanecer assim por muito tempo.
"Do coração de Jesus ao coração do motel, este é o símbolo mais conhecido desde a Antiguidade", justifica.
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