ECONOMIA
Fórum das MPEs é reativado na Paraíba
Reabertura do Fórum da Micro e Pequena Empresa foi anunciado na manhã de sexta-feira (4)
Publicado em 05/10/2013 às 6:00 | Atualizado em 17/04/2023 às 16:07
As micro e pequenas empresas paraibanas vão ganhar maior impulso nos próximos meses. Foi anunciada na manhã de ontem, em João Pessoa e, no início da tarde, em Campina Grande, a reativação do Fórum da Micro e Pequena Empresa, espaço de debate e formulação de políticas públicas para o setor. A divulgação faz parte das comemorações do Dia Nacional da Micro e Pequena Empresa, marcado por um encontro dos empresários com o poder público. Também ontem, foi assinado o decreto que eleva o teto do Simples Nacional, que, a partir de janeiro de 2014, vai subir de R$ 2,520 milhões para R$ 3,6 milhões.
Durante o evento, representantes de 18 entidades tomaram posse no Fórum Estadual da Micro e Pequena Empresa, um canal para discutir e propor ações em benefício dos pequenos negócios.
De acordo com o superintendente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas na Paraíba (Sebrae-PB), Luiz Alberto Amorim, o Fórum da Micro e Pequena Empresa será a 'mola propulsora' para que o setor possa crescer em larga proporção no Estado. “O Fórum reúne entidades do governo e sociedade, representadas pelo segmento empresarial. O papel dele é oferecer ao governo propostas e formulação de políticas públicas que possam promover o desenvolvimento das empresas no Estado”, disse.
Segundo Luiz Alberto Amorim, as futuras discussões do fórum vão auxiliar na construção de uma base fortalecida para as micro e pequenas empresas paraibanas. “Esperamos que no futuro tenhamos uma política ainda mais sólida de desenvolvimento dessas empresas aqui no Estado”, declarou.
Além do anúncio da reabertura do Fórum da Micro e Pequena Empresa, foi assinado, pelo governador Ricardo Coutinho, o decreto que aumenta do teto sobre o Simples Nacional, que passará de R$ 2,5 milhões para R$ 3,6 milhões. Para Luiz Alberto Amorim, a elevação do teto sobre o Simples Nacional possibilita que as micro e pequenas empresas do Estado cresçam em ritmo mais acelerado.
“É um marco importante para nós. A ascensão do teto dá oportunidade que um grande número de pequenas empresas possam continuar usufruindo de um regime simplificado tributário e fiscal, sem que precise limitar seu crescimento”, disse Luiz Alberto, que ressaltou ainda o poder que possuem as microempresas paraibanas. “Pelo segundo ano consecutivo a Paraíba conseguiu o melhor indicador de sobrevivência de pequenas empresas do país. Isso mostra que o crescimento das empresas paraibanas é continuado, tem sustentabilidade”, disse.
Com a elevação do teto do Simples Nacional, a tendência é que o volume de crescimento ultrapasse Estados como Rio Grande do Norte e Pernambuco, que já têm o teto elevado. “O interessante é que nós, mesmo estando no sub limite do Simples, já superávamos estes dois Estados em crescimento e longevidade das pequenas empresas. A partir do ano que vem, esse crescimento deve ser ainda maior, já que estamos em condições de igualdade”, avaliou Luiz Alberto Amorim.
Para o presidente do Conselho Deliberativo Estadual do Sebrae, Mário Borba, a reativação do fórum é um excelente motivo para se comemorar o Dia da Micro e Pequena Empresa. “Os pequenos negócios representam 99% das empresas do nosso Estado e empregam quase 60% dos trabalhadores do setor privado. Eles têm grande representatividade e são de suma importância para o desenvolvimento da economia paraibana”, disse.
FEMICRO
O presidente da Federação da Micro e Pequena Empresa (Femicro), Antônio Gomes, defende que o decreto, ao elevar o teto do Simples, aumenta também o desenvolvimento de todo o Estado. “A assinatura da elevação do teto significa uma elevação também no número de empregos e desenvolvimento da Paraíba. Nos equiparamos a outros Estados, que já tinham o teto elevado”, disse.
De acordo com o representante do segmento das micro e pequenas empresas, um dos melhores benefícios da elevação é que as empresas paraibanas vão equiparar-se às empresas de Estados com alta competitividade. “Quando vendemos mercadorias estamos disputado de igual para igual com outras empresas. As empresas vão respirar melhor, vai dar mais sustentação aos pequenos empresários. No final das contas é bom para todo mundo”, avaliou.
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