icon search
icon search
home icon Home > cotidiano > vida urbana
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

VIDA URBANA

Abandono e maus tratos de animais é crime, mas uma prática comum em JP

Protetores de animais resgatam e tratam os pets que são encontrados em situação de abandono.

Publicado em 16/09/2017 às 8:00

Apesar de ser crime, o abandono e maus tratos a animais ainda é uma triste realidade em João Pessoa. Para a sorte dos pets, existem os protetores dos animais que são verdadeiros anjos da guarda para esses bichinhos. Voluntariamente eles resgatam, tratam e buscam um lar que possa ampará-los com o amor e carinho que eles merecem.

A fotógrafa Michelle Cristina atua no resgate de animais em situação de abandono há sete anos. "Eu adotei um cachorro em 2010 e três meses depois eu vi um cachorro sendo atropelado. Percebi que as pessoas não se importavam com o que acontecia e decidi que tinha que fazer algo por esses animais", relembra.

Michele atua de forma independente e desde que começou mais de 500 animais já passaram por suas mãos entre cães e gatos. Ela diz que na casa em que mora ela possui dez animais, entre os que são dela mesmo e os resgatados. Além de sua própria casa, ela mantém dois abrigos, um no bairro do Cristo e outro em Mangabeira, onde cerca de 80 animais estão a espera de adoção.

Segundo a fotógrafa, o custo para resgate dos animais pode chegar a até R$ 3 mil em alguns casos. "Se um animal foi atropelado,o custo para tratamento pode chegar a R$ 3 mil, em alguns casos não tem mais como ajudar então é feita a eutanásia e enterro que custa em torno de R$ 200,00. É um valor alto que mantenho com a ajuda de amigos, com doações de pessoas de ONGs", diz.

Outro anjo na vida dos animais de João Pessoa é a administradora Andreia Medeiros, que desde criança possui uma relação com os animais. "Desde criança eu crio animais, há 15 anos, depois de adulta eu virei gateira, em 2013 eu comecei a resgatar os animais e adotá-los e desde 2015 que eu resgato e ponho para adoção", disse.

Para ajudar nas denuncias feitas junto à Polícia Ambiental e buscar descontos para os custos, Andreia junto a mais alguns amigos fundaram a ONG Missão Patinhas Felizes. Os animais resgatados pelos protetores ficam nas casas dos membros da ONG.

Atualmente, cerca de 200 animais recebem a atenção dos protetores que participam da ONG Missão Patinhas Felizes. "Eu tenho 60 cães em minha casa, há ainda cerca de 20 outros na casa da vice-presidente da ONG, Hanni Melo, ajudamos ainda cerca de 100 gatos e mais uns dez cachorros que estão em lares temporários", destaca.

Abandono de animais

O Centro de Vigilância em Saúde Ambiental e Zoonoses alerta que o abandono e maus tratos de animais é crime.O cidadão que presenciar o abandono de animais domésticos ou exóticos pode ir à delegacia mais próxima ou realizar a denúncia anônima através do telefone 3218-7780.

A denúncia de maus-tratos é legitimada pelo Art. 32, da Lei Federal nº. 9.605 de 1998 (Lei de Crimes Ambientais) e pode resultar na pena de detenção de três meses a um ano e multa. São considerados maus-tratos, entre outras práticas, abandonar, espancar, envenenar, não dar comida diariamente, manter preso em corrente, local sujo ou pequeno demais os animais domésticos.

De acordo com a médica veterinária do Zoonoses, Layse Wanderlei, duas situações são comuns, o abandono do animal nas ruas e o animal trancado em residências sem receber os cuidados básicos, como água e alimento, por vários dias.

“A maioria dos animais abandonados são fêmeas, principalmente após o nascimento de filhotes. Isso é crime. As pessoas precisam entender que os animais necessitam de cuidados até o fim de suas vidas. O Zoonoses não é abrigo de animais, trabalhamos com a prevenção de doenças e o monitoramento”, ressaltou Layse Wanderlei.

Ajuda

Os gastos com o tratamento dos animais que são resgatados podem ser altos. Segundo Andreia Medeiros já houve casos de resgate de uma animal que foi atropelado que o tratamento custou cerca de R$ 3,5 mil. Quem quiser ajudar a ONG Missão Patinhas Felizes basta procurar a redes sociais do grupo que algum dos protetores vai dar as intruções de como ajudar.

Outra ONG que atua em João Pessoa é a "Adota João Pessoa" que recentemente lançou uma vaquinha on-line para arrecadar fundos para pagar a conta junto a clínica veterinária parceira. De acordo com a Adota João Pessoa a dívida da ONG com a clínica é de cerca R$ 10 mil, já foram arrecadados R$ 2 mil, mas todos os dias chegam novas demandas de resgate e tratamento. Para ajudar a Adota João Pessoa basta acessar o site da vaquinha.

Feira de adoção

Após o resgate e quando necessário o tratamento, os pets vão para adoção. E quem tem interesse em adotar um mascote para a família pode passar na feira de adoção que está sendo organizada pelo Grupo Acãochego, neste sábado (16), na Quadra de Manaíra, a partir das 16h. O evento é voltado para tentar um novo lar para dezenas de cães e gatos resgatados por seis protetoras independentes da capital, além de arrecadar ração, medicamentos e material de higiene e limpeza. Todos os bichinhos já vão sair vermifugados e os mais velhos, castrados.

A programação do dia também conta com a realização de palestras sobre alimentação natural e enriquecimento ambiental, música ao vivo, feirinha de artesanato, food trucks, alimentação vegana e artigos pet para venda. Para quem quiser adotar, é preciso ser maior de 18 anos, apresentar um documento de identificação e passar por uma entrevista.

Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp