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MEIO AMBIENTE

Nordeste na COP 30: veja propostas, expectativas e presença paraibana no evento internacional

Paraíba integra os nove estados da região Nordeste e participa da COP30 para promover o território paraibano como oportunidade para financiamento.

Publicado em 11/11/2025 às 20:50


				
					Nordeste na COP 30: veja propostas, expectativas e presença paraibana no evento internacional
TV Cabo Branco/Reprodução

A COP 30, conferência internacional promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU), que está sendo realizada em Belém, no Pará, até 21 de novembro, reúne, também, os nove estados do Nordeste para debater pautas essenciais para o desenvolvimento da região, como a liderança na transição energética, o investimento na bioeconomia, a agricultura sustentável e a garantia da segurança hídrica e adaptação climática.

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De acordo com o Governo da Paraíba, o propósito é posicionar o estado paraibano como laboratório de soluções climáticas para o semiárido, com destaque para as temáticas de transição energética, recaatingamento e restauração ambiental, segurança hídrica, gestão das zonas costeiras e educação ambiental para as juventudes e o financiamento climático.

Vamos mostrar ao mundo que o nosso estado é um território de inovação, capaz de transformar os desafios do semiárido em oportunidades de desenvolvimento, inclusão social e geração de energia limpa. Estar nesse espaço global é também fortalecer parcerias e demonstrar que a Paraíba está pronta para contribuir com um Brasil mais verde”, ressaltou o vice-governador Lucas Ribeiro.

Segundo Rafael Fonteles, governador do Piauí e presidente do Consórcio Nordeste, autarquia interestadual formada por todos os estados da região, dentre os desafios a serem superados, os recursos hídricos seguem como prioridade.

“A governança dos recursos hídricos ainda é um desafio para a região. Melhoramos muito nos últimos anos, com várias tecnologias sociais, cisternas, dessalinização, adutoras, a transposição do rio São Francisco. Tudo isso ajudou a termos as famílias permanecendo no semiárido e conseguindo desenvolver suas atividades”, afirmou o presidente do Consórcio Nordeste.

Para Rafael Fonteles, os principais objetivos a serem traçados durante a conferência é garantir a geração de renda para as famílias que contribuem para a bioeconomia da região e auxiliam na realização de serviços ambientais.

“[Garantir] a geração de renda a partir da bioeconomia, a partir do pagamento de serviços ambientais, para aquelas populações que ajudam a proteger o meio ambiente. Temos muito a fazer nessa direção para conjugar o aumento da renda das famílias em conjunto com a proteção dos nossos biomas. E o ponto que eu acho mais relevante é o aproveitamento dessa energia limpa para tornar o Nordeste uma indústria inovadora e verde”, ressaltou o governador do Piauí.

Expectativa de investimento para o Nordeste durante a COP30


				
					Nordeste na COP 30: veja propostas, expectativas e presença paraibana no evento internacional
Sistema de produção de energia limpa no Nordeste. TV Cabo Branco/Reprodução

Segundo Hugo Fernandes, professor de conservação de biomas da Universidade Estadual do Ceará (UECE), o maior desafio a ser vencido durante a COP30 é firmar oportunidades de investimento para o Nordeste.

“O grande desafio é sem dúvida em relação ao financiamento. Não só no quesito interno, mas também nas relações externas e a COP é o maior exemplo disso: fazer com que os países já desenvolvidos e que se desenvolveram através da exploração dos recursos naturais possam financiar os países em desenvolvimento e que tem as maiores áreas protegidas, como é o caso do Brasil”, afirmou.

Conforme dito pelo professor, a região brasileira ocupa uma posição de destaque no cenário global por se tratar do território com o maior potencial eólico e solar do país e também se classificar como um dos melhores do mundo.

“O Nordeste tem uma posição de destaque, sobretudo em relação a transição energética. A gente está falando da região que tem o maior potencial eólico e solar do Brasil e um dos melhores do mundo, e isso por si só, já nos coloca em uma posição de liderança, uma vez que a matriz de combustível fóssil é a que mais impacta mundo afora. O mundo está correndo atrás da energia que nós temos e o Nordeste pode ser uma posição de liderança muito forte nisso", explica Hugo Fernandes.

“Nós esperamos que isso repercuta em um financiamento climático efetivo dos países que mais contribuíram para essa mudança climática. O Brasil, que faz o seu dever de casa e vai continuar fazendo, precisa realmente de um financiamento adequado para que as populações que ajudam a proteger o meio ambiente tenham um aumento de qualidade de vida e da sua renda a partir do serviço ambiental que prestam”, declarou Rafael Fonteles, presidente do Consórcio Nordeste.

Para Hugo Fernandes, a expectativa é de que, além do financiamento para a região, também seja possível dar voz de poder aos povos originários do Brasil como parte indispensável na negociação de acordos para o território nordestino.

“Que seja uma COP de implementação. Em relação ao financiamento climático, que de fato seja colocado na mesa e seja assumido, sobretudo, pelos países mais desenvolvidos, e que haja a inclusão dos povos originários como parte do poder decisório nesses acordos”, completou.

Associação de mulheres de Picuí vão expor doces na COP 30


				
					Nordeste na COP 30: veja propostas, expectativas e presença paraibana no evento internacional
Pelo menos 25 mulheres são associadas e nove produzem os doces - Foto: TV Paraíba. Gustavo Demétrio

Uma associação de mulheres agricultoras na cidade de Picuí, no Seridó da Paraíba, vai expor doces, geleias e bolos feitas artesanalmente e, em parte, de maneira industrial, durante a 30ª Edição da Conferência do Clima, a COP 30.

Na zona rural de Quixaba, área rural de Picuí, pelo menos nove mulheres, das mais de 25 associadas, desenvolvem o trabalho com as frutas umbu, caju e coco. Os materiais feitos são justamente a partir da fruta extraída naquela região. O projeto tem objetivo de fomentar o empreendedorismo feminino.

"São 25 mulheres que são associadas atualmente, mas na ativa são nove que estão trabalhando diariamente, de segunda a sexta, produzindo e vendendo para Bahia, Maranhão, Belo Horizonte, onde pede a gente entrega”, disse Damiana Morais, presidente da associação.


				
					Nordeste na COP 30: veja propostas, expectativas e presença paraibana no evento internacional
Produtos serão expostos na COP30, em Belém, no Pará - Foto: TV Paraíba. Gustavo Demétrio

Apesar da produção ser totalmente paraibana, os doces e outros materiais produzidos pelas associadas vão ser exibidos no painel do estado do Pará, já que a Paraíba não vai ter uma exposição própria no evento. No entanto, as mulheres vão participar das mesas de negociação.

“Imagine só, as delícias da Quixaba trigésima Conferência Mundial trabalhando sobre a questão climática. Nós estamos indo lá com um projeto, de desenvolver o empreendedorismo da mulher rural”, ressaltou Ednalva Dantas, fundadora da associação.

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Mabel Pontes

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