POLÍTICA
Após eleger Alckmin, PSDB vai marcar reunião para decidir sobre Previdência
Novo presidente disse que é a favor das mudanças, mas ressaltou que a cúpula do partido precisa ser ouvida.
Publicado em 09/12/2017 às 15:26 | Atualizado em 10/12/2017 às 11:16
O novo presidente nacional do PSDB e governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, eleito neste sábado (9) na convenção do partido, vai convocar uma reunião da Executiva Nacional e da bancada tucana na Câmara na próxima semana para definir o posicionamento do partido na votação da reforma da Previdência. Alckmin disse ser favorável ao fechamento de questão a favor da proposta do governo, mas adotou um tom cauteloso ao se referir à posição do partido. A convenção não discutiu a permanência dos tucanos no governo do presidente Michel Temer (PMDB).
“Pessoalmente, sou favorável à reforma da Previdência. Já a fiz, em 2011, em São Paulo. A minha posição pessoal é pelo fechamento de questão, mas essa não é uma decisão só da executiva do partido. É também da bancada. Acho que o caminho agora é o caminho do convencimento”, disse Alckmin, que foi escolhido novo presidente do PDSB por 470 votos a favor, três contrários e uma abstenção.
Quando um partido fecha questão sobre uma votação, os parlamentares que não acompanham a decisão da executiva podem sofrer penalidades, como suspensão de atividades partidárias ou até mesmo expulsão da legenda. Essa semana, o PMDB e PTB fecharam questão a favor da aprovação da proposta do governo para a reforma da Previdência.
Durante a 14ª Convenção Nacional do PSDB, outros líderes do partido também se posicionaram a favor da reforma. Alberto Goldman, que ocupou a presidência interina do partido até a eleição de hoje, defendeu a proposta feita pelo governo de Michel Temer. Goldman, no entanto, não deixou claro se o partido vai permanecer na base aliada do governo.
O senador Aécio Neves (MG), que era presidente o partido até maio, quando pediu afastamento, também se mostrou favorável à reforma. “Pior do que vir a reforma da Previdência sem os votos do PSDB é vê-la não aprovada pela ausência dos votos do PSDB”, disse. O senador foi vaiado ao entrar no auditório em que ocorreu a convenção e ficou menos de uma hora no local.
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