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QUAL A BOA?

Casais contam histórias de como as quadrilhas juninas fizeram parte da construção do relacionamento

Publicado em: 12/06/2022 às 7:11 Atualizada em 18/04/2023 às 17:20

Renovação, amor e tradição. Passados dois anos de enfrentamento à pandemia da Covid-19, no mês de junho de 2022, serão retomadas as tradicionais festividades juninas, principalmente na região Nordeste, e a celebração não carrega consigo apenas a tradição de uma região, mas a história de muitos casais.

Neste domingo, 12 de junho, é celebrado o Dia dos Namorados, e muitos casais surgiram justamente no período junino, através da realização das quadrilhas juninas. Casais que iniciaram uma família através da tradição e que mantém acesa a cultura da celebração dos festejos juninos e vivem, até hoje, a áurea do clima de São João.

Uma dessas histórias remonta lá do ano de 1997. Janaína Freitas conheceu seu marido de uma forma muito inusitada. Ela conta que uma amiga tinha interesse em namorar o rapaz, mas que essa história acabou sendo favorável para ela.

Citação

Uma colega queria que eu ajeitasse ela para ele, e ele disse que não queria. E eu perguntei se ele me queria, ele falou que sim e a gente está junto até hoje”

Janaína Freitas, enfermeira

				
					Casais contam histórias de como as quadrilhas juninas fizeram parte da construção do relacionamento
Janaína Freitas, enfermeira, conheceu seu atual marido no período junino - Foto: Reprodução/TV Cabo Branco. Janaína Freitas, enfermeira, conheceu seu atual marido no período junino - Foto: Reprodução/TV Cabo Branco

Atualmente, o casal já tem 25 anos juntos, com três filhos e um relacionamento bem estabilizado. Com o decorrer das décadas, tantas outras histórias de amor surgiram devido ao clima junino. Mais recentemente, no ano de 2009, outro casal começou sua história através das festividades de São João.

O casal Layane Morais e Sueliton se conheceram em 2007, através dos ensaios da quadrilha junina Moleka 100 Vergonha, que possui vários prêmios regionais, estaduais e nacionais, em Campina Grande. Layane conta que ambos se conheceram num período em que estavam no fim de outros relacionamentos, e através da participação nos ensaios da quadrilha, o amor entre eles floresceu.

Citação

A gente se conheceu em 2007, quando eu entrei na Moleka (100 Vergonha), ele já dançava desde 2004, mas a gente começou a se relacionar em 2009. Eu estava no fim de um relacionamento e ele também, e a gente dançou junto naquela época, e após o São João, a gente começou a namorar"

Layane Morais, quadrilheira

				
					Casais contam histórias de como as quadrilhas juninas fizeram parte da construção do relacionamento
Layane e Sueliton estavam em fim de um outro relacionamento quando se conheceram nos ensaios da Moleka 100 Vergonha - Foto: Reprodução/TV Paraíba. Layane e Sueliton se conheceram em 2009 - Foto: Reprodução/TV Paraíba

E um outro casal tem uma outra história voltada com as datas juninas. Pai e filho nasceram no mesmo período junino, e o casal conta como estão interligados, cronologicamente, com a festividade do período.

"Além de ser importante para mim por ter nascido na véspera de São João, meu filho também nasceu no mesmo período de São João. O São João em si, além das quadrilhas juninas, comidas típicas e fogueira, tem toda uma simbologia, não só para mim, mas para toda minha família", explica o pai, Gabriel Silvestre. 

E a participação dos casais influencia outras gerações. O casal Layane e Sueliton, que tem dois filhos, já busca inserir o mais velho, de 11 anos, nos ensaios da quadrilha, para que o filho comece a seguir os mesmos passos dos pais.

"Para que a cultura junina continue. Ele, ano que vem (2023), a gente já pretende inserir ele, porque é a partir dos 12 anos de idade, e ano que vem ele começa a dar os primeiros passos dele", diz a mãe, já projetando o futuro do filho.

Outro casal de Campina Grande também teve uma história de amor devido ao São João. Também integrantes da quadrilha junina Moleka 100 Vergonha, Kaline Campos e Duane Gonçalves se conheceram na quadrilha e estão há 11 anos juntos. Eles explicam que já são muitos anos dedicados à dança, e que os ensaios e participar dos eventos traz paz e animação ao casal, que se fortalece em cada São João.

Citação

Eu tinha o pensamento de 'ah, não volto mais', mas é uma coisa tão boa, mesmo que seja uma coisa estressante, você usa daquilo para lhe trazer alegria. A gente não consegue parar"

Duane Gonçalves, quadrilheiro

				
					Casais contam histórias de como as quadrilhas juninas fizeram parte da construção do relacionamento
Kaline e Duane Gonçalves se conheceram nos ensaios da quadrilha Moleka 100 Vergonha - Foto: Reprodução/TV Paraíba. Kaline e Duane Gonçalves se conheceram numa quadrilha junina - Foto: Reprodução/TV Paraíba

E a esposa, Kaline, ainda reforça as expectativas para mais um São João estão altas e, para quem participa dos eventos, é um sonho realizado a cada apresentação. "É um sonho. Para a gente que faz o mundo junino é um sonho. É amor e as expectativas são as melhores”, finaliza.

Seja na década de 90, atravessando os anos 2000 ou em qualquer outro período, as festividades juninas em todo o cenário que o ambiente junino proporciona, faz com que histórias de amor surjam e se fortaleçam, fazendo com que a tradição e o amor pelo período seja repassado por cada geração. E que Santo Antônio siga formando novos casais no período junino.

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Jornal da Paraíba

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