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Jovens buscam utilizar o LinkedIn como uma forma de inserção no mercado de trabalho

Publicado em: 29/05/2022 às 18:43

Com a evolução da tecnologia, oportunizando o acesso mais amplo a diversos setores, interagir em rede se transformou numa missão mais simples. Criar conexões se tornou mais prático. E as redes sociais são exemplos de tecnologias que fizeram com que os laços de inter-relações tornassem as conexões mais próximas. E uma dessas ferramentas no universo das redes sociais é o LinkedIn, que comumente é utilizada no meio corporativo, e tem revolucionado a forma de lidar com o ambiente profissional.

O LinkedIn é uma rede social profissional/corporativa fundada em 2022, na Califórnia, no oeste dos Estados Unidos, e funciona, de forma generalizada, como um mural de notícias onde aparecem publicações com temas e vertentes relacionadas a trabalho e/ou atualizações dos perfis com quem o usuário cria conexões na rede. Na rede social, o usuário pode criar um perfil e incluir dados básicos, como nome, localização e escolaridade, e informações mais aprofundadas, como experiências profissionais, competências e formação. 

Como é uma rede social amplamente utilizada para recrutamento e seleção, os usuários que a utilizam veem, no LinkedIn, a oportunidade de ingressar, permanecer ou se realocar dentro da área de formação para o mercado de trabalho. E vale lembrar, também, que várias organizações e empregadores buscam anunciar a abertura de vagas e processos seletivos no LinkedIn, pois as empresas estão utilizando com maior frequência a rede social  para buscar candidatos para a realização de recrutamentos e busca por candidatos que façam o perfil da empresa.

Utilização do LinkedIn como ferramenta de divulgação profissional

É devido a grande oferta de empregos e fácil acesso aos processos seletivos que o LinkedIn tem sido mais amplamente utilizado por jovens que buscam ingressar no mercado de trabalho. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 30,8% do total de pessoas desocupadas no país são de jovens entre 18 e 24 anos de idade no último trimestre de 2021.

Michelle Marques, psicóloga clínica e do trabalho, que é especialista em recrutamento, explica que os candidatos que utilizam o LinkedIn tem, na plataforma, um bom local para investirem na busca pela inserção ou recolocação no mercado de trabalho, e que alguns diferenciais para dispôr na plataforma são importantes.

“Se uma pessoa lhe dá um celular antigo, que não tem muitas funções, apenas faz ligação, e depois lhe dá um celular moderno, que faz ligação, tem acesso à internet, tem acesso a várias coisas, qual você vai escolher? É parecido com isso nas vagas também. O diferencial do candidato é aquele que está sempre atualizado, que está estudando, buscando novas competências. O mercado vê de boa forma aquele candidato que estuda, que sempre busca o melhor para ele e também vai trazer esse melhor para a empresa”, explica.

Motivações para uso da plataforma

Com tamanha taxa de desocupação de pessoas aptas a trabalhar, os jovens passam a recorrer aos meios mais acessíveis na busca por emprego. E no LinkedIn esses jovens encontram vagas e processos seletivos mais facilmente. E é onde as histórias se cruzam em busca de um denominador comum. Leonardo Abrantes, 22 anos, e Rinaldo Pedrosa, 22 anos, são estudantes do curso de jornalismo da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Além de dividirem a mesma formação acadêmica, sala de aula e amizade, ambos também buscam, no LinkedIn, oportunidades no mercado de trabalho.

O estudante Leonardo Abrantes comenta que sua principal motivação para utilizar o LinkedIn é para se mostrar ativo ao mercado de trabalho, onde ele utiliza a plataforma para divulgar suas produções textuais e despertar o interesse de recrutadores.

“Eu utilizo o LinkedIn, principalmente, para mostrar que eu estou ativo no mercado de trabalho. É muito importante você ter qualidade nos seus textos, mas muitas vezes as pessoas não prestam atenção ou dificilmente clicam nos textos que você faz. Mas o mais importante é você destacar o que você faz, porque mesmo que as pessoas não cliquem, elas sabem o que você está fazendo e isso já faz uma diferença muito grande. O LinkedIn eu utilizo principalmente para mostrar que eu estou trabalhando. Eu acredito que se o empregador vê, ele vai poder se encantar, ele vai poder falar ‘esse cara trabalha muitas questões, ele escreve bastante, ele tem um ritmo bacana de trabalho’, dependendo da situação, isso pode chamar atenção de alguém. Não só para divulgar, eu acho que importante a pessoa divulgar para que outras pessoas leiam, mas, principalmente, para mostrar que eu estou trabalhando”, explica.


				
					Jovens buscam utilizar o LinkedIn como uma forma de inserção no mercado de trabalho
Natural de São Paulo, estudante Leonardo Abrantes mora em João Pessoa onde cursa a graduação em jornalismo, na UFPB - Foto: Leonardo Abrantes/Arquivo Pessoal. Natural de São Paulo, estudante Leonardo Abrantes mora em João Pessoa onde cursa a graduação em jornalismo, na UFPB - Foto: Leonardo Abrantes/Arquivo Pessoal
Citação

“No LinkedIn, você pode não se transformar numa influência muito grande, mas você pode ser um pouco mais notado que o normal”.

Leonardo Abrantes, estudante.

Colega de Leonardo, Rinaldo Pedrosa também veio de fora da Paraíba. Ele é natural de Recife (PE), e explica que quando passou a divulgar suas produções no LinkedIn, viu resultado positivo nas suas publicações, pois diversas pessoas da área de atuação dele reagiram positivamente ao seu material, e isso foi lhe dando motivação para continuar a publicar mais produções na plataforma e ampliar sua rede de contatos.

“É uma divulgação que você vê um resultado, porque você vê pessoas que não necessariamente você conhece, mas são da mesma área que você, e essas pessoas interagem com seus posts, as pessoas vêem seus posts, e é sempre bom criar esse networking”, comentou.


				
					Jovens buscam utilizar o LinkedIn como uma forma de inserção no mercado de trabalho
Rinaldo Pedrosa, estudante, utiliza o LinkedIn para divulgar produções jornalísticas - Foto: Rinaldo Pedrosa/Arquivo Pessoal. Rinaldo Pedrosa, estudante, utiliza o LinkedIn para divulgar produções jornalísticas - Foto: Rinaldo Pedrosa/Arquivo Pessoal

LinkedIn abre portas para o mercado de trabalho

Mas nem só de divulgação de material esses estudantes vivem. Com a utilização frequente da plataforma, o interesse de empresas no trabalho dos jovens aumentou, e tanto Leonardo quanto Rinaldo contam que, com a utilização da plataforma, ambos já tiveram a oportunidade de participar de processos seletivos para vagas e, até, conseguir um emprego através da plataforma.

“Já recebi oportunidade de trabalhar, inclusive o meu último trabalho, trabalhei numa agência de publicidade, e eu conquistei essa vaga através do LinkedIn. E foi ali fuçando, e lá mesmo foi onde eu encontrei uma vaga, me candidatei pelo LinkedIn, coloquei meu currículo e logo entraram em contato comigo pelo chat”, conta Abrantes. “No início, eu confesso que não dava muito valor ao LinkedIn, mas alguns amigos meus conseguiram algumas oportunidades por lá, e eu passei a dar mais valor, eu comecei a investir por lá e já recebi algumas propostas de processos seletivos e entrevistas de emprego pelo LinkedIn. A experiência é boa e o fato de você ter um LinkedIn ajuda nessa experiência em processos seletivos”, comenta Rinaldo sobre a sua experiência.

Citação

“Network é fundamental para você se dar bem. Em todas as profissões você tem que se conectar com as pessoas certas”.

Rinaldo Pedrosa, estudante.

Como os jovens estão cada vez mais procurando um primeiro emprego ou ganhar experiência nas áreas em que atuam, é importante destacar suas formações, conhecimentos e habilidades, além de exercitar o autoconhecimento no intuito de descobrir as habilidades certas para o mercado de trabalho são fundamentais para esse primeiro passo. E na própria visão dos jovens, utilizar o LinkedIn é um bom início para buscar essas oportunidades. Para Leonardo e Rinaldo, os jovens precisam delimitar uma direção para buscar o caminho certo para a vaga de emprego, seja na plataforma ou qualquer meio que utilizar para conquistar um espaço no mercado de trabalho.

"Para mim, o LinkedIn para jovens que queiram seguir no mercado de trabalho é essencial, mas eu acredito que também depende muito da área com qual ela deseja. Estou vendo isso crescer. Já vi empresas muito grandes publicarem vagas no linkedin, e acho isso ótimo, pelo simples motivo de estar democratizando o processo seletivo para novas vagas”, comenta Leonardo. “Para o jovem se inserir cada vez mais no mercado de trabalho, independentemente da mídia social, a pessoa tem que ter um objetivo e qual caminho mais fácil para você alcançar esse objetivo”, complementa Rinaldo.

Mesmo com o LinkedIn sendo uma plataforma atuante para o mercado corporativista, em alguns centros, fisicamente, é uma plataforma que muitas pessoas ainda não utilizam ou não a conhecem. É o caso de Campina Grande. Michelle Marques, que atua na cidade, no Agreste da Paraíba, explica que também utiliza a plataforma para realizar recrutamento e selecionar potenciais candidatos, mas na cidade não é uma plataforma comumente utilizada por candidatos e tampouco por empresas, e que o processo ainda abrange outras redes sociais além do LinkedIn.

“O LinkedIn é uma forma sim da gente fazer recrutamento de colaboradores, eu faço esse recrutamento também pelo LinkedIn. Mas aqui em Campina Grande ainda não é muito utilizado. Ele é utilizado para algumas vagas específicas, mas não para todas as vagas”, explica a recrutadora.


				
					Jovens buscam utilizar o LinkedIn como uma forma de inserção no mercado de trabalho
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil. Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Como utilizar o LinkedIn?

O profissional que deseja utilizar a rede social, deve acessar o site do LinkedIn ou pela plataforma da rede social, e efetuar o cadastro com e-mail para criar um perfil profissional. O LinkedIn é grátis, mas oferece uma assinatura Premium por uma quantia mensal, o valor mais econômico é de R$ 70,90, que dá vantagens como ver o perfil de quem acessou a sua página, e um melhor posicionamento nas buscas dentro da ferramenta. A plataforma ainda dá acesso a outras três assinaturas, que variam entre R$ 129,90 e R$ 749,90.

A pessoa que estiver montando o seu perfil deve se atentar a organização da sua conta, para ficar mais atrativa. O candidato deve adicionar o máximo de informações que puder. Isso tornará o perfil mais atrativo para o algoritmo e para os recrutadores. Além disso, manter-se ativo na rede social, senão, recrutadores apenas encontrarão o seu perfil quando buscarem alguma palavra-chave que está nele.

No perfil, o candidato deve se atentar a uma boa foto, que se assemelhe ao mais profissional possível, investir num resumo biográfico adequado e investir em publicações recorrentes são atitudes recomendadas. O LinkedIn, como outras redes, funciona com um algoritmo, e dependendo do seu comportamento, ele mostrará determinados conteúdos. Inclusive, criar conexões com pessoas e páginas certas é fundamental para entender como funciona a rede.


				
					Jovens buscam utilizar o LinkedIn como uma forma de inserção no mercado de trabalho
Exemplo de foto de perfil em uma conta pessoal no LinkedIn - Foto: Divulgação/LinkedIn. Foto: Divulgação/LinkedIn

Não somente divulgar por divulgar faz com que o seu perfil seja notado positivamente. É necessário organizar as suas ideias e transferir para a sua plataforma esse planejamento para crescer na rede social. A psicóloga Michelle Marques explica que ter uma linha delimitada de organização ajuda na construção de um perfil que seja positivamente notado.

“Primeiramente utilizar a ferramenta de forma assertiva, como seria isso? Colocar no seu perfil, o cargo que ele deseja atuar ou que ele já atuou, porque isso já mostra as experiências dele; colocar o seu currículo, de forma bem detalhada, onde estudou, qual as empresas que trabalhou; também estar sempre atualizando com algo que fez, algum estudo, certificado, palestra, algo que fez em seu trabalho, isso são diferenciais que despertam o interesse do recrutador”, explica a recrutadora.

E essa organização Leonardo Abrantes já segue. O estudante explica que, para deixar o seu perfil notadamente organizado, precisou criar uma organização com marca própria, ideias bem delimitadas e que fizessem com que suas publicações não fossem divulgadas de forma solta, mas que seguisse um critério coeso entre o que ele apresenta em seu perfil e o material que ele divulga na plataforma.

“[É necessário] mostrar um profissionalismo, porque o LinkedIn, querendo ou não, é como se fosse um jogo de sedução, então seu perfil tem que seduzir o empregador ou a pessoa mesmo está indo conferir seu perfil. É importante você ser profissional, coloque o que você faz, seja organizado. Eu tenho uma capa com um logo que eu fiz que, como se fosse meu logo pessoal, Tenho os meus links detalhados lá e contém um link que tem todos os sites que eu trabalho, todos os projetos que já fiz, tenho um link de portfólio, depois eu tenho uma discrição mostrando tudo que eu já fiz e uma breve introdução sobre mim. Mais abaixo, coloco os cursos que eu fiz, onde eu trabalhei. É importante você detalhar essas questões e chamar atenção”, explica Leonardo.

Se por um lado o candidato pode usar a plataforma ao seu favor de forma positiva, também há os lados negativos de não utilizar a plataforma da forma correta, e o candidato acabar se distanciando do seu real objetivo.

A psicóloga Michelle Marques explica que o candidato deve utilizar a plataforma com fins delimitados e coerentes, além de ser voltado para o lado profissional. Utilizar a rede para publicar conteúdo pessoal, por exemplo, não é o adequado, pois o intuito da plataforma é funcionar como um ambiente corporativo, e não como uma rede social comum, e a psicóloga ainda justifica, explicando que pessoas costumam se dar mal por utilizar as redes sociais da forma errada.

“Já vi exemplos de pessoas que foram demitidas por mal comportamento em redes sociais, por denegrir a empresa que trabalha de alguma forma”, comenta.

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Erickson Nogueira

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