COTIDIANO
DRE apreende mais de R$ 5 mi em crack
Balanço é referente aos últimos 14 meses de atuação da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), na capital.
Publicado em 06/03/2012 às 8:00
Estimar o ‘poder de fogo’ do tráfico de drogas e a movimentação financeira criada com a comercialização ilegal dos entorpecentes, feita pelos traficantes, não é fácil. Mas as apreensões realizadas pela Polícia Civil da Paraíba desde o ano passado dão uma dimensão do golpe sofrido pelo tráfico no Estado. Somente a Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), na capital, apreendeu mais de 90 quilos de crack e pasta base de cocaína, nos últimos 14 meses.
O montante, conforme as investigações dos agentes, provocou um ‘rombo financeiro’ para os traficantes superior a R$ 5,2 milhões. A estimativa tem por base o preço de venda de um quilo desse tipo de droga, avaliado em aproximadamente R$ 15 mil, quando em sua forma bruta. Cada quilo, segundo a polícia, é transformado pelos traficantes em mais de cinco mil pedras de crack, vendidas em média a R$ 10 cada uma.
Na semana passada, uma ação conjunta realizada nas cidades de Borborema e na Grande João Pessoa, resultou na apreensão de mais de 20kg de crack, avaliados em cerca de R$ 1,5 milhão.
A droga, conforme a polícia, teria sido comprada por um apenado, que cumpre pena atualmente na Paraíba, a traficantes de São Paulo, ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC).
A maior parte do crack e da cocaína enviada à Paraíba tem origem em países como Bolívia e Colômbia, ou em Estados do Sudeste do país como São Paulo e Rio de Janeiro. No entanto, um dos delegados da DRE, Ramirez Almeida, explica que os traficantes paulistas estão coordenando a distribuição dos entorpecentes em conexões feitas nos estados do Acre, Rondônia e Mato Grosso do Sul diretamente para a Paraíba.
“Com isso eles evitam que a droga seja apreendida no meio do caminho e diminuem os riscos da operação dar errada. Nós temos investigado fortemente quem são esses fornecedores, para atacarmos as fontes dessa droga. E temos conseguido com isso bons resultados. Na última apreensão que tivemos o traficante de São Paulo já fez ligação direto com o fornecedor de outro Estado. E apenas pediu para o gerente ou avião deslocar a droga para a Paraíba”, explicou Ramirez.
Na operação da semana passada, a polícia descobriu que, mesmo de dentro do presídio do Roger, o apenado teria conseguido comprar o crack pelo valor de R$ 300 mil aos traficantes paulistas.
A droga seria entregue ontem a um representante do traficante, no Aeroporto Castro Pinto em Bayeux, e comercializada em toda a Região Metropolitana de João Pessoa.
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