DRE apreende 98 quilos de maconha

A Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) de João Pessoa realizou a segunda maior apreensão de drogas deste ano. A operação 'Sativa', desencadeada no último sábado e domingo resultou na apreensão de 98 quilos (kg) de maconha, armazenados em tabletes, mais de 1 kg de cocaína, um revólver calibre 38, 12 munições intactas e R$ 5.375 em espécie. A ação aconteceu em duas fases, sendo uma na capital e outra em Santa Rita, localizada na Região Metropolitana de João Pessoa. Quatro pessoas foram presas por tráfico de drogas.

Os acusados e o material apreendido foram apresentados na manhã de ontem, durante coletiva de imprensa na Central de Polícia, no bairro do Varadouro, em João Pessoa. No dia 19 do mês passado, a DRE apreendeu 100kg de maconha, que seriam comercializadas durante as prévias carnavalescas da cidade.

O superintendente da Polícia Civil na 1ª Região Integrada de Segurança Pública (REISP), delegado Wagner Dorta, disse que a operação 'Sativa', que recebeu este nome por se tratar da denominação científica da maconha (Sativa Canabis Lineu), teve início no último sábado, quando houve a prisão de dois criminosos, tendo continuidade no domingo seguinte, quando mais dois acusados também foram detidos.

A primeira fase da operação, aconteceu por volta das 18h30 do último sábado, quando a polícia prendeu Ingrid Rayane F.

Vitória, 19 anos, no Terminal Rodoviário Severino Camelo, em João Pessoa. Segundo o titular da DRE, Allan Terruel, ela chegava à Paraíba com cerca de um quilo de cocaína em pó, pronta para consumo. “Ingrid é natural de Natal, no Rio Grande do Norte, e foi recrutada para fazer esse transporte da droga, do Sudeste (do país) para a Paraíba, e se encontrou na rodoviária com Ronaldo da Silva, 39 anos, que estava em uma moto para dar-lhe carona. Nesse momento, os dois foram abordados e com ela, os investigadores encontraram cerca de 1kg de cocaína, escondida na bagagem e dentro das roupas íntimas, de forma velada”, afirmou.

“O Ronaldo receberia a droga e possivelmente levaria para a cidade de Bayeux (na Região Metropolitana de João Pessoa”, completou.

No entanto, o ápice da 'Sativa' aconteceu no bairro de Marcos Moura, em Santa Rita, quando os civis identificaram um veículo que seria abastecido de 98 tabletes (98kg) de maconha no local, segundo Allan Terruel, que ressaltou a interação da população com a polícia, por meio de denúncias. “A Delegacia de Repressão a Entorpecentes tem desenvolvido alguns trabalhos especiais contando, sobretudo, com informações recebidas anonimamente no telefone da própria unidade (3218.5325). As ligações partiram de pessoas que tinham detalhes sobre a chegada das drogas, especialmente, dos 98 tabletes de maconha. Essa pessoa nos deu a placa do veículo que transportaria a droga e a partir daí, os nossos investigadores foram deslocados em pontos estratégicos no bairro de Marcos Moura”, afirmou.

APREENSÃO

De acordo com o delegado, no momento em que o carro foi avistado, no porta-malas do veículo, que estava sendo conduzido por Luciano Arcanjo do Nascimento, 40 anos, em companhia de Fabiana de Almeida Galvão Luna, 39 anos, foram localizados 50 tabletes de maconha. “Imediatamente, os investigadores retornaram para o mesmo local de onde havia sido realizada a entrega do produto. Dentro de uma casa abandonada, fechada, foram encontrados os outros 48 tabletes.

Os dois foram presos em flagrante e encaminhados para a DRE”, detalhou.

Allan Terruel ainda informou que uma quinta pessoa está sendo investigada pela DRE, como possível responsável pela droga apreendida.

3 Perguntas

Para ALLAN TERRUEL

JP: Os acusados já possuem ficha criminal?
O Ronaldo já foi preso por porte ilegal de arma de fogo e Ingrid Rayane já tem passagem por tráfico de drogas, em Natal. Inclusive, ela faltou a audiência para fazer o transporte da cocaína. Segundo ela, a audiência foi cancelada, mas ainda vamos confirmar a informação.

JP: Os acusados se conhecem? As duas apreensões têm ligações?
Eles não se conhecem, mas os casos têm ligação. A primeira ligação é a forma pela qual a polícia vem trabalhando, que são as informações recebidas pela própria população no telefone da delegacia. Por outro lado, existe sim, um preso que foi referenciado em depoimento pela Fabiana, inicialmente identificado por 'Ivan', de Campina Grande, que seria o grande mentor de todos esses carregamentos e vindas de drogas. Agora, vamos investigar quem seria esse 'Ivan'.

JP: Qual a ligação de Fabiana com o suposto mentor apontado por ela, o 'Ivan'?
Fabiana disse que pagou R$ 150 ao Luciano para ele fazer o transporte da maconha e que ela também receberia o mesmo valor para pegar a droga e levar para casa dela. Depois, o 'Ivan' entraria em contato para determinar em qual local e para quem a droga seria entregue. Dentro da casa dela (Fabiana), no bairro dos Bancários, em João Pessoa, voluntariamente, ela mostrou o revólver, munições, pouco mais de 100g de cocaína, e o dinheiro. Fabiana ainda disse que todo o material é pertencente ao 'Ivan'.