POLÍTICA
Casa Civil 'blinda' Ricardo de manifestação e líderes batem boca na Assembleia
Suplentes de concursados da polícia fizeram ato na noite desta terça, em Patos
Publicado em 01/11/2017 às 13:08
Os líderes da base da oposição na Assembleia Legislativa, Bruno Cunha Lima (PSDB), e do governo, Hervázio Bezerra (PSB), voltaram a divergir nesta quarta-feira (1º). Dessa vez, o motivo do bate-boca foi o posicionamento da Casa Civil do governo durante um protesto de aprovados em concurso da polícia que aguardam nomeação na noite de terça-feira (31). A Casa Civil impediu que os manifestantes se aproximassem do governador durante a inauguração do Corpo de Bombeiros, em Patos, no sertão paraibano.
A discussão desta quarta-feira teve início quando o oposicionista Bruno Cunha Lima usou a tribuna para criticar a postura do governo. “Na véspera do Dia de Finados, o governo do estado assassina a democracia. O que vimos foi o governador impedindo suplentes do último concurso da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar de 2014 de entrarem em um evento público para fazer cumprir o seu direito de manifestação. Um governo que se diz democrático, que é da tese do 'faça o que eu digo e não faça o que eu faço'”, questionou.
O tucano lembrou que Ricardo Coutinho havia prometido contratar no mínimo 5 mil policias em sau gestão. “Mas o que temos é a diminuição do efetivo da Polícia Militar em dois mil homens, para não falar do Corpo de Bombeiros, da Polícia Civil, do fechamento de delegacias, da subnotificação de crimes”, completou.
O líder governista não gostou da provocação e cancelou a fala para rebater a crítica. “Eles estavam lá para afrontar o governador, num ambiente fechado, numa solenidade do governo. Eu duvidaria que se fosse na época do governo de vossa Excelência, que nem no Palácio da Redenção podia acampar”, alfinetou.
Hervázio Bezerra também justificou que os manifestantes são suplentes do concurso e na prática não têm direito à nomeação. “Se são suplentes significa dizer que todos foram chamados. Seria importante o governo contratar, mas há dinheiro para contratar?”, indagou.
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