Leo Bezerra: um vice nada figurativo

Por LAERTE CERQUEIRA e ANGÉLICA NUNES 

Leo Bezerra: um vice nada figurativo
Foto: Secom/PMJP

A gente se acostumou a ver vices bem figurativos. Aparecem de vez em quando em solenidades importantes. Opinam pouco, não são tão ouvidos. Alguns não chegam nem à coadjuvante e são vistos como ameaça ao gestor principal.

Com o vice-prefeito de João Pessoa, Leo Bezerra (Cidadania), tem sido diferente. O ex-vereador de João Pessoa acompanha, opina, é ouvido, aconselha.

Não tem um só evento que não está ao lado do prefeito. Sendo respeitado pelos pontos de vista e com espaço para falar. Das reuniões mais simples aos momentos mais decisivos.

É perfil. É confiança. É necessidade estratégica. Leo tem um futuro longo na política. É da geração que logo vai ocupar mais espaços de visibilidade e sabe que não pode se anular numa vice. Na Câmara de João Pessoa tinha autonomia para criar espaços de atuação nos bairros, microfone e púlpito.

Como vice, precisa ser cauteloso para ninguém dizer que ele quer ser mais que o prefeito, mas não pode deixar-se subtrair. Tem conseguido ser soma. Inclusive como principal representante partidário do governador da PB na gestão Cícero.

Não precisou tomar conta de uma secretaria para ser “dono de nada”. Trouxe para si a responsabilidade de ser mais que um figurante e teve do prefeito Cícero abertura para ser a outra visão necessária. Em algum momento, essa sua capacidade de circular, dialogar, vai causar ciumeira. Mas isso faz parte do jogo.