O flerte entre Romero e Azevêdo: a volta de quem não foi e o risco deixado para o Governo

Ex-prefeito anunciou apoio à pré-candidatura de Pedro Cunha Lima

O flerte entre Romero e Azevêdo: a volta de quem não foi e o risco deixado para o Governo
Foto: Ascom

O vídeo publicado no fim da manhã de hoje nas redes sociais pelo ex-prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSD), agitou o cenário político paraibano. Em frases curtas, ele verbalizou apoio à pré-candidatura do deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB) ao Governo do Estado, mesmo após uma dezena de gestos demonstrando que estaria disposto a apoiar João Azevêdo (Cidadania).

Publicamente, é verdade, Romero nunca foi para a base do Governo. Mas não moveu um único milímetro para evitar que os seus aliados mais próximos percorressem esse caminho.

O próprio irmão, deputado Moacir Rodrigues, chegou a sentar à mesa com Azevêdo. Para não citar outros ex-auxiliares de sua estrita confiança e membros de seu partido.

A mudança de rota deixa, além da sensação de instabilidade nos passos do ex-prefeito, fraturas expostas na base governista.

O flerte com Romero fez surgir uma pré-candidatura dentro da própria base, capitaneada pelo senador Veneziano Vital (MDB). E, com ela, o aumento do risco de fragmentação do Governo. O passe do MDB, antes em baixa na bolsa de apostas do Palácio da Redenção, volta a estar valorizado com a decisão de Rodrigues.

Mas haverá espaço ainda para uma reconciliação com o senador emedebista?

A resposta será conhecida com o passar dos próximos meses e, principalmente, dependerá da evolução do projeto próprio idealizado pelo MDB campinense.

O gesto de Romero fortalece a campanha de Pedro, eleva a cotação de Veneziano e obriga Azevêdo a refazer os planos. Ah, e antes que eu esqueça: também faz com que Romero saia menor desse processo. De potencial candidato ao Governo a ‘mais um’ a disputar a Câmara Federal em 2022.