Mostra retrata grupo de extermínio de CG

A exposição é fruto do trabalho do jornalista Ronaldo Leite e do fotógrafo Nicolau de Castro.

A Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) recebe a partir de hoje a exposição ‘Mão Branca: a Verdade Sobre o Carrasco’, que conta história de um grupo de extermínio que atuava em Campina Grande na década de oitenta.

A exposição é fruto do trabalho do jornalista Ronaldo Leite e do fotógrafo Nicolau de Castro. As obras estão abertas a visitação das 8h às 21h no hall de entrada da Central de Integração Acadêmica até a próxima sexta.

Conforme Ronaldo Leite, a exposição pretende contar um pouco da história da cidade através de registros fotográficos e chamar a atenção de autoridades para o atual sentimento de insegurança dos campinenses.

“Na década de 80 o clima de insegurança era muito grande na cidade e as pessoas viviam assustadas. O grupo de extermínio Mão Branca surgiu a partir daí para combater a criminalidade que assombrava os cidadãos campinenses. A exposição é também uma forma de chamar a atenção para o problema de segurança que estamos vivendo novamente, evitando que outros grupos surjam”, contou.

Ainda de acordo com Ronaldo, o "esquadrão da morte" levou Campina Grande para os noticiários do mundo todo pela forma de execução que possuía requintes de maldade e era direcionada aos criminosos da época considerados irrecuperáveis.

“Pela grandeza do fato, além das 850 fotografias de época, vão estar expostos cerca de 80 documentos inéditos e será exibido também um documentário baseado na primeira edição do livro Mão Branca: a Verdade Sobre o Carrasco, lançado em 1997”.

No próximo ano, segundo Ronaldo, será lançada também a segunda edição do livro Mão Branca: a Verdade Sobre o Carrasco.

A exposição esteve exposta recentemente no Teatro Municipal Severino Cabral durante o aniversário de 149 da cidade.