Forte de Santa Catarina é indicado a Patrimônio Mundial

Candidatura foi confirmada pelo Iphan. Além do forte de Cabedelo, outras 18 fortalezas foram indicadas.

O Forte de Santa Catarina, em Cabedelo, na região da Grande João Pessoa, vai ser candidato a Patrimônio Mundial da Humanidade reconhecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). A candidatura foi confirmada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que está responsável por esse processo, na terça-feira (9) à reportagem do JORNAL DA PARAÍBA.

Além do Forte paraibano outras 18 fortalezas do Brasil, que compõem o Conjunto de Fortes e Fortificações do Brasil, também estão indicadas ao mérito. Segundo Kátia Bogéa, presidente do Iphan, o conjunto "representa as construções defensivas implantadas no território nacional, nos pontos que serviram para definir as fronteiras marítimas e fluviais do país. Realizar esse encontro é mais um fruto dos entendimentos construídos entre o Iphan e os Ministérios do Turismo e da Defesa.”

A proposta da inscrição na Lista do Patrimônio Mundial é apresentar um conjunto de fortificações, com 19 monumentos selecionados entre dezenas de fortificações luso-brasileiras que marcam a ação no estabelecimento da cultura nacional, representativos das construções defensivas implantadas no território brasileiro.

Forte de Santa Catarina é indicado a Patrimônio MundialForte de Santa Catarina, em Cabedelo

Em alvenaria de pedra e cal, o Forte foi concluído em 1597 sob a invocação de Santa Catarina de Alexandria, padroeira da Capela do Forte, e em homenagem a Dona Catarina de Portugal, Duquesa de Bragança. O imóvel, de propriedade da União, é administrado desde 1992 pela Fundação Fortaleza de Santa Catarina.

Sobre o Conjunto de Fortes e Fortificações do Brasil

O conjunto de fortes representa as construções defensivas implantadas no território nacional, nos pontos que serviram para definir as fronteiras marítimas e fluviais do País. A iniciativa vem sendo empreendida pelo Departamento de Articulação e Fomento (DAF) do Iphan em desdobramento aos entendimentos construídos junto aos Ministérios do Turismo e da Defesa e conta com a participação do Departamento de Patrimônio Material e Fiscalização (DEPAM) do Instituto e da Superintendência do Iphan-PE.

Implantadas pelos europeus no Brasil, as Fortificações tiveram suas origens em um processo de ocupação do território de modo particular, diferenciado das outras potências coloniais. Baseava-se em um esforço descentralizado, oriundo de ações dos próprios moradores das diferentes capitanias que formariam o Brasil, sem uma maior intervenção da metrópole. Isso resultou na construção de centenas de fortificações, espalhadas por todo o território nacional, edificadas para atender mais a interesses locais do que os da metrópole.