Programa habitacional eleva ajuda para R$ 25 mil

Valor da subvenção na segunda fase do Minha Casa, Minha Vida aumentou R$ 2 mil em relação ao da primeira que era de R$ 23 mil.

O governo federal subiu para R$ 25 mil, por beneficiário, o valor da subvenção para construção de moradias dentro da segunda fase do programa ‘Minha Casa, Minha Vida’ em cidades com até 50 mil habitantes.

A medida foi publicada em portaria interministerial na edição de ontem do Diário Oficial da União. O valor da subvenção nesta segunda fase do Minha Casa, Minha Vida aumentou R$ 2 mil em relação ao da primeira fase (R$ 23 mil) por beneficiário do programa.

Segundo a portaria, serão ofertadas aos agentes financeiros 107,348 mil cotas de subvenção, sendo 60.287 (56,16%) nos estados do Nordeste.

A previsão é que 213 municípios do total de 223 da Paraíba, com esta faixa populacional, sejam contemplados com subsídio e mais de 7,425 mil unidades habitacionais no Minha Casa, Minha Vida 2 que será lançado hoje.

A solenidade, às 11h, será conduzida pela presidente Dilma Rousseff e contará com a participação do governador Ricardo Coutinho, além de ministros do governo.

A distribuição das 107,348 mil cotas de todo país foi feita a partir da estimativa preliminar do déficit habitacional de cada região brasileira, "referente ao censo 2010 do IBGE e o índice de domicílios em situação de extrema pobreza", conforme o texto da portaria.

O Nordeste ficou com o maior volume de contratos com subsídio (60.287). Foram destinadas 13.650 cotas à região Norte, 12.627 à Sudeste, outras 11.222 à região Centro Oeste e, por fim, 9.562 cotas ao Sul do país.

CRESCIMENTO DE 20%
Estimativa do setor imobiliário é de que esta medida divulgada ontem amplie em 20% a procura por financiamentos pelo Minha Casa, Minha Vida. Segundo o presidente interino do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis, Jarbas Araújo Pessoa, a resolução garante um maior acesso dos paraibanos à moradia. "É mais um passo para compensarmos o déficit habitacional. Mas esta decisão também movimenta toda cadeia produtiva nas cidades menores, gerando mais renda e emprego", diz Jarbas.

O reajuste na subvenção ofertada aos imóveis financiados pelo programa de habitação também foi vista com bons olhos pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil em João Pessoa.

Mesmo não sendo atingido diretamente pela medida, o presidente Irenaldo Quintans comemorou o "realinhamento que o governo busca para acompanhar o avanço que o mercado tem apresentado".

No entanto, outro pleito dos construtores é o aumento do teto para o financiamento de imóveis. "Esperamos também uma elevação do preço final do imóvel a ser financiado".

Já os corretores de imóveis esperam que não só imóveis novos sejam contemplados pelos financiamentos do Minha Casa.

Segundo o presidente do Creci-PB, Jarbas Araújo, a medida elevaria ainda mais o segmento imobiliário. "A demanda por imóvel usado é muito baixa e a diferença de preços poderia ser alinhada com um projeto que o incluísse", disse.