Niemeyer deixa legado na Paraíba

Estação Ciência e Museu dos ‘Três Pandeiros’ imortalizam o arquiteto na Paraíba.

Um dos pontos turísticos mais conhecidos da capital paraibana, a Estação Cabo Branco – Ciência, Cultura e Artes é uma das obras projetadas pelo arquiteto Oscar Niemeyer. O complexo, localizado no Extremo Oriental das Américas, no Altiplano, foi inaugurado em 2008 e chama a atenção dos turistas e visitantes que passam pelo local. Com uma área construída de aproximadamente 8.500 metros quadrados, o conjunto de edificações conta com um anfiteatro, um auditório, uma loja de souvenir, uma lanchonete e um amplo estacionamento, além da Torre Mirante e o bloco administrativo. A Estação Cabo Branco é a única obra do arquiteto carioca construída em João Pessoa.

Erguida em forma cilíndrica, a Torre Mirante foi edificada sobre um espelho d’água e possui três pavimentos suspensos apoiados em uma base única. É onde acontecem oficinas, cursos e exposições.

No Terraço Panorâmico são realizadas apresentações musicais nos fins de semana. O ambiente também conta com um café e restaurante. A natureza reforça a beleza do lugar. Localizado em um dos pontos mais altos da capital, o complexo oferece uma vista privilegiada da cidade e do mar. Ao amanhecer, as paredes de vidro da Torre refletem os raios de sol e o espetáculo fica completo.

Em junho deste ano, a Estação Cabo Branco ganhou um novo prédio inteiramente voltado para exposições de artes. O anexo fica ao lado do complexo arquitetado por Niemeyer e já recebeu exposições de grandes nomes como Frans Krajcberg.

OUTRAS OBRAS
Em Campina Grande, Niemeyer projetou o Museu de Arte Popular da Paraíba, batizado de ‘Museu dos Três Pandeiros’. A obra, que já foi concluída, será inaugurada nesta segunda-feira (10). O Museu vai receber trabalhos de artistas paraibanos como Sivuca, Jackson do Pandeiro, Marinês e Elba Ramalho.

Um dos profissionais mais influentes da arquitetura moderna brasileira, Niemeyer explorou em suas obras as curvas e as possibilidades de uso do concreto armado, uma das suas marcas registradas. Seus traços particulares podem ser observados em várias obras de destaque como os Palácios do Planalto e da Alvorada, o Congresso Nacional e a Catedral, em Brasília, o Conjunto da Pampulha, em Belo Horizonte, o Museu de Arte Contemporânea, em Niterói, a sede da ONU, em Nova York, e várias outras.

Oscar Niemeyer morreu na última quarta-feira (5), aos 104 anos, em decorrência de uma infecção respiratória. No próximo dia 15, o arquiteto completaria 105 anos.