Bacias de petróleo marítimo na Paraíba ficam sem interessados no leilão da ANP

Lei foi realizado nesta quinta-feira com ágio de 322%.

A Petrobras anunciou a chegada da plataforma de petróleo, P-67, ancorada na Baía de Guanabara, destinada ao Sistema de Produção do Campo de Lula, no pré-sal da Bacia de Santos.

Nenhum dos cinco blocos exploratórios de petróleo e gás localizados nas bacias sedimentares marítimas de Pernambuco-Paraíba foram arrematados no lei da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), realizado nesta quinta-feira (10), no Rio de Janeiro. Dos 36 blocos exploratórios oferecidos para o leilão, foram arrematados 12, o que assegurou R$ 8,915 bilhões em bônus de assinatura, um novo recorde nas recentes rodadas de concessões – verba que vai para o Tesouro Nacional.

O investimento mínimo previsto para os blocos é de R$ 1,579 bilhão. O leilão obteve ágio de 322%, já que a soma dos valores mínimos de bônus de assinatura previstos era de cerca de R$ 3 bilhões. O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e o diretor-geral da Agência do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Décio Oddone, disseram que a 16ª Rodada de Licitações superou todas as expectativas.

Além das cinco bacias marítimas de Pernambuco-Paraíba, foram leiloadas bacias localizadas em Jacuípe, Camamu-Almada, Campos e Santos. Outros 9 blocos da bacia de Santos também não tiveram compradores.

Dezessete empresas se inscreveram para participar dessa rodada de licitações, a 16ª do setor e a primeira do calendário de grandes leilões de óleo e gás do governo Jair Bolsonaro. Dessas, apenas 2 – Petrobras e Enauta – são brasileiras. As demais 15 são todas estrangeiras sendo que, dentre elas, somente a Petronas ainda não possui contrato de exploração e produção no Brasil.