A nova face da liderança

Sai o “chefe sabe-tudo”, assume o “chefe aprende-tudo”

A coluna desta semana na rádio CBN rendeu boa repercussão com um tema que acompanha praticamente toda a linha do tempo da gestão moderna: a liderança. A abordagem, em nosso caso, tratou da nova face do líder: um novo perfil exigido pelos tempos de incerteza e de empenho coletivo pela sobrevivência a partir do engajamento das equipes. Já não basta o modelo do “eu mando, vocês obedecem”. Poucas organizações ainda reagem “no grito”. Agora é a humanização das gestões que faz com que os colaboradores se envolvam emocionalmente com a empresa e os resultados apareçam, mesmo em situações tão adversas como o nosso purgatório pandêmico.

Com a obsolescência galopante da liderança autoritária, o novo líder investe na criação e desenvolvimento de uma cultura de confiança mútua, de exposição honesta das fragilidades, de modo a gerar uma aproximação muito maior com os colaboradores. Sai de cena o “chefe sabe-tudo” para a entrada do “chefe aprende-tudo”.Com a minimização ou mesmo o fim das distâncias hierárquicas, fica mais fácil o florescer da “mentalidade do crescimento”, onde todo mundo se dispõe a alcançar os objetivos e dissipar as tensões da empresa, colocando o consumidor no centro das atenções.

Como toda inovação que depende de uma mudança de mentalidade, a transição não é fácil, nem se dá de um semestre para o outro. Mas, pode-se afirmar que testemunhar o esforço de adaptação das atuais chefias e a perceptível evolução do clima na organização já pode fazer a diferença na mobilização motivada das equipes, seja pela sobrevivência ou pelo salto de desempenho ao final de um ano.

A nova face da liderança