Primordial em todas as estações, cuidar da pele é ainda mais necessário durante o verão. Com a maior intensidade dos raios solares, os riscos de problemas e outros males naquele que é considerado o maior órgão do corpo humano – o tecido epitelial – crescem exponencialmente neste período do ano.
Entre as enfermidades que mais levam os pacientes aos consultórios, segundo a dermatologista Esther Palitot, estão as queimaduras solares, as reações alérgicas causadas pela interação de substâncias – como as dos perfumes e das maquiagens – com a irradiação solar, brotoejas, infecções bacterianas e fúngicas.
Conforme a médica, para aproveitar o verão de maneira saudável, o indicado é não se expor ao sol entre 10h e 15h e investir em um bom protetor. “O dermatologista é o especialista adequado para avaliar o fototipo da pele e indicar o melhor produto. Na impossibilidade de consultar o dermatologista, é preferível escolher protetor solar com FPS (Fator de Proteção Solar) 30 e que também seja eficaz para RUV (Radiação Ultravioleta) A”, afirma.
Para Esther, é válido ressaltar, ainda, que existem certas diferenças entre os protetores solares aplicados no rosto e em outras partes do corpo. “A pele do rosto – a região da face – apresenta particularidades diferentes da pele das demais áreas. Por este motivo, deve-se preferir protetores que sejam livres de óleos para esta região”, sugere.
“Além disso, alguns protetores desenvolvidos para o rosto possuem base e outras substâncias que ajudam a combater o envelhecimento”, acrescenta, frisando que toda área da pele deve ser protegida, incluindo orelhas, pescoço, lábios e dorso das mãos. De acordo com ela, caso certas precauções não sejam tomadas, além das queimaduras e processos alérgicos, também existe a possibilidade de “desenvolvimento de manchas na pele, envelhecimento cutâneo e câncer”.
Para quem deseja hidratar a pele adequadamente para o verão, a dermatologista propõe que a aplicação de cremes corporais seja intensa. “Sugiro sempre utilizar hidratantes depois do banho e não abusar de sabonetes. Recomenda-se o banho com uso de sabonete no corpo apenas uma vez ao dia, com exceção das axilas, genitais e face”, observa.
Sobre o consumo de alimentos e outros produtos que prometem um bronzeado mais fácil, a dermatologista Luciana Gadelha se mostra cética. “Estas substâncias não estimulam o bronzeado, que só é conseguido através do estímulo à produção de melanina. Elas são corantes que se depositam na pele, conferindo uma tonalidade alaranjada”, explica. “Tenha cuidado especial com o urucum, que pode causar irritação na pele”. (Especial para o Jornal da Paraíba)
