Bancada “Cristã” da Câmara de João Pessoa quer igrejas abertas e deputado entra na Justiça contra fechamento

Por LAERTE CERQUEIRA e ANGÉLICA NUNES

Bancada "Cristã" da Câmara de João Pessoa quer igrejas abertas e deputado entra na Justiça contra fechamento
Foto: Rafael Oliveira/CBN

A bancada mais religiosa da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), chamada, agora, de bancada Cristã, foi a público, hoje (25), externar o descontentamento com a decisão do governador do estado, João Azevêdo (Cidadania), que, por meio de decreto, suspendeu missas, cultos e celebrações religiosas, de maneira presencial, dentro das igrejas e templos. O decreto foi publicado na última terça-feira.

O grupo é formado Eliza Virgínia, Durval Ferreira, Cartão Pelo Bem, Bispo José Luiz, Coronel Sobreira e Marcílio do HBE. Foram os nomes que constavam numa nota de descontentamento publicada hoje.

Para os parlamentares, faltou diálogo por parte do governo com os representantes das instituições religiosas, que quer participação nas decisões que incluam questões sobre as igrejas, tanto a nível estadual como municipal.

Vai entrar na Justiça

Em entrevista ao jornalista Luis Tôrres, da TV Arapuan, o deputado estadual Jutay Meneses (PRB) afirmou que a equipe jurídica dele vai entrar com uma ação na Justiça, pedindo a suspensão da medida que proíbe os cultos presenciais. “Aí os pastores ficarão à vontade para decidir se terá ou não culto presencial”, afirmou. Ele não está nada feliz com o decreto.

Jutay, que é novo um governista, coloca-se na oposição para defender o direito de seus fiéis irem, presencialmente, à igreja.

Pronunciamento 

Veja abaixo pronunciamento da vereadora Eliza Virgínia (PP). Ela faz críticas ao decreto, diz que é antidemocrático e reclama que não houve diálogo. A vereadora compara a Igreja ao “comércio, serviço e indústria”. Afirma, ainda, que “querem” tornar as religiões culpadas pela contaminação.

Sensibilidade com o próximo

Em artigo publicado hoje (25), o Conversa Política criticou o posicionamento de alguns religiosos que querem criar uma dicotomia nociva, uma guerra discursiva sem cabimento, comparando o fechamento de igrejas e o funcionamento parcial de bares e restaurantes. Veja no texto Não é uma questão de priorizar o pecado e condenar a oração, mas de ser sensível ao problema do outro.

Religiosos e leitores que pensam diferente estão convidados a refletir.