Mãe se emociona com primeiro quilo da filha internada em UTI neonatal na Paraíba

Ryanna Vitória nasceu prematura, com 704 gramas, e completou 1,035 kg na quinta-feira (8).

Mãe se emociona com primeiro quilo da filha internada em UTI neonatal na Paraíba
Bruno Cairo/Hospital Edson Ramalho

“Felicidade me define”. Foi o que disse emocionada a paraibana Raquel Soares ao saber que a filha Ryanna Vitória, que nasceu prematura, completou 1,035kg na última quinta-feira (8). A emoção da mãe é por lembrar que a filha, hoje com dois meses, nasceu com 704 gramas durante um parto complicado aos sete meses de gestação. Para Raquel, o ganho de peso é um momento muito esperado para as mães de crianças prematuras.

Depois da dor das contrações e do medo de não poder pegar a filha nos braços, Raquel viveu a emoção de poder segurar Ryanna Vitória pela primeira vez. “No dia 13 de junho eu pude pegar ela no colo pela primeira vez e ontem eu tive o privilégio de passar mais tempo com ela”, comemorou.

Ryanna Vitória nasceu no dia 30 de maio, em um parto complicado. Por ser uma situação delicada, Raquel ficou internada no hospital que deu a luz à filha e a menina foi transferida para a Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) do Hospital da Polícia Militar General Edson Ramalho (HPMGER), em João Pessoa.

Segundo Raquel, os médicos diziam que a pequena Ryanna não resistiria. Assim que recebeu alta, a mãe foi para o Hospital Edson Ramalho para ficar ao lado da filha. Quase três meses depois do nascimento, a bebê conseguiu completar 1,035 kg. “Gratidão primeiramente a Deus e a eles aqui [equipe da UTIN], porque o tempo que eu passo lá fora, eles são as mães dos bebezinhos que estão aqui”, disse.

Durante a gestação da filha, Raquel teve uma infecção urinária silenciosa. “Quando eu vi um corrimento na minha calcinha, a bolsa foi estourando imediatamente”, afirmou a mãe, que lembra que no trabalho de parto chegou a ser desenganada pelos médicos que a atenderam. “Os médicos disseram que eu ia morrer e minha filha também ia morrer”.

Casa de acolhimento

Enquanto a filha precisa de cuidados no Hospital Edson Ramalho, Raquel fica alojada na Casa das Mães, um espaço da unidade de saúde para acolher mães que moram no interior do Estado e que estão com bebês internos no hospital. “Eu estou aqui longe da minha família pela minha filha, orando e pedindo força ao Senhor”, ressaltou.

A Casa das Mães faz parte dos projetos de humanização do Hospital Edson Ramalho. Ao todo, são 15 projetos que visam a melhora dos bebês internados e o acolhimento para as mães dessas crianças.

A atenção e humanização não são restritas aos bebês. Além de todo acolhimento às mães dos internos, elas também participam de roda de conversas com a equipe multidisciplinar do hospital, onde conhecem os 17 plantonistas e a função de cada um deles. Cada mãe é orientada a como poder tocar e segurar o filho para gerar conforto e estreitar os laços entre eles.

“Aqui vai um sentimento, uma luta, uma história, o tempo de internamento, quantas coisas um bebê de 700 gramas já passou. São histórias de luta, de perseverança”, explicou a coordenadora da enfermagem da Unidade de Terapia Intensiva (UTIN) do HPMGER, sargento Laura Diniz.

Mãe se emociona com primeiro quilo da filha internada em UTI neonatal na Paraíba
Bruno Cairo/Hospital Edson Ramalho