Isea: 3ª morte de bebê em menos de sete dias

Apesar de ser a 3ª morte em menos de uma semana, registrada na instituição, índice encontra-se abaixo da média.

O Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (Isea), em Campina Grande, registra a terceira morte de bebê em menos de uma semana. A mãe de uma das crianças também morreu nesse período.

Em 2011, de acordo com a estatística apresentada pelo Isea, 118 bebês e uma mãe morreram. A maioria dos casos se deu por questões relacionadas à prematuridade das crianças. Isso representa uma média de quase dez mortes de bebês por mês.

No total, foram realizados 7.789 partos no ano passado.

O índice de mortes, porém, está abaixo da média nacional, conforme a secretária de Saúde do município, Tatiana Medeiros.

Ela disse que dos 118 óbitos, apenas 48 teriam nascido na unidade; o que representa uma média de 0,61%. Já a média no país é de 1%, considerando uma média de 10 por 1.000 nascidos vivos. Os demais morreram antes de nascer, ou seja, ainda na barriga da mãe.

A dona de casa Tereza Cristina Gonzaga, 33 anos, estava no oitavo mês de gestação e esperava ansiosa pela chegada de seu primeiro filho, que era uma menina. Na última sexta-feira, ela deu entrada no Isea, pois estava sentindo fortes dores e apresentava sangramento. A situação foi controlada e no dia seguinte ela teve alta. “Eles escutaram o bebê, que estava com 1,695 quilo, disseram que estava tudo bem e mandaram ela para casa”, contou Joana D’arc, tia do pai da criança.

Na noite da última segunda-feira, Tereza Cristina voltou a sofrer e foi levada novamente para o Isea. “Depois das 23h, fomos informados que o bebê estava morto e que a mãe seria encaminhada para a sala de parto. Depois da retirada da criança, ela teve que ser transferida para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Trauma de Campina Grande”, relatou. Seu estado de saúde ontem, segundo informou o hospital, era estável. Tereza Cristina mora no bairro Ressurreição, em Campina Grande.

Joana D’arc disse que a família pretende acionar o Ministério Público, pois acredita ter havido negligência, sobretudo pelo fato da mãe ter sido liberada do hospital para onde ela retornou em trabalho de parto um dia depois, quando o bebê já estava morto.