Imaginação e horas de diversão

Muitas atividades recreativas resistiram ao tempo e ao avanço da tecnologia e continuam participando da infância de todas as crianças.

Pneus, cordas e papéis adicionados a um pouco de imaginação podem se transformar em um jogo ou brincadeira capazes de propiciar horas de diversão e contribuir no processo de desenvolvimento das crianças em Campina Grande.

Essas crianças carentes encontram diversão fora de casa, pois brincam em grupo com os colegas das comunidades, preferindo competições como soltar pipas, enquanto as crianças de classes sociais mais altas se divertem dentro de casa, utilizando o computador, jogos eletrônicos e brinquedos mais sofisticados, geralmente, sob a supervisão dos pais.

Em Campina Grande, algumas atividades recreativas resistiram ao tempo e ao avanço da tecnologia e continuam participando da infância de todas as classes sociais. É o caso do carrinho e a boneca, dominó, cartas de baralho, uno, damas, a bola de futebol e a televisão.

As crianças mais ricas têm opções de ir a game-stations, viagens à praia, zoológicos e parques de diversões temporários. É o caso de uma menina de seis anos residente no bairro do Cinza, cujos pais a oferecem o que há de mais moderno em questão de brinquedos, jogos e educação.

“Eu gosto do computador, gosto de brincar com minha imaginação e fazer desenhos, praia, patinete e bonecas, mas às vezes vou ao Parque da Criança, shopping e piscina, pois eu adoro”, disse a estudante do 2º ano.

Por outro lado, as crianças das classes mais baixas, utilizam a bicicleta e o videogame dos amigos para também se divertir.

Uma menina de 10 anos, moradora do Bairro das Cidades, um dos bairros mais carentes na cidade, mostrou as atividades que gosta de fazer.

“Eu gosto de boneca, televisão, dominó, e as brincadeiras de correr, mas eu queria uma bicicleta, porque eu gosto de andar nela, mas não tenho”, disse a também estudante do 2° ano, enquanto o vizinho, um menino de 12 anos, brincava com uma pipa, que ele mesmo fabricou, utilizando folha de caderno. “Eu gosto de futebol e bicicleta, mas gostaria de ter um Play 3 para brincar”, disse ele. (Angélica Brito – Especial para o JP)