Queiroga tenta fazer 211 milhões usarem máscaras, mas admite não convencer presidente

Paraibano está sendo ouvido hoje, pela segunda vez, pela CPI da Covid

Queiroga tenta fazer 211 milhões usarem máscaras, mas admite não convencer presidente
Foto: reprodução

O Brasil possui hoje, conforme o IBGE, mais de 211 milhões de habitantes. Todos vivendo, desde o ano passado, os efeitos catastróficos provocados pela pandemia. No comando do Ministério da Saúde, o paraibano Marcelo Queiroga tem defendido o uso de máscaras como medida preventiva para diminuir a transmissão da covid-19.
A defesa, aliás, é ponto praticamente pacífico entre as autoridades de saúde de todo o mundo.
Defendeu isso na primeira vez em que esteve na CPI da Covid, no Congresso Nacional, e voltou a defender hoje pela manhã, em seu segundo depoimento.
Mas dessa vez o paraibano teve que admitir. Ele tem estimulado o uso de máscaras para 211 milhões de brasileiros, mas não consegue convencer o próprio ‘chefe’, o presidente da República Jair Bolsonaro.

“Tenho uma determinação pessoal em recomendá-las (as máscaras). E essa recomendação é para todos os brasileiros, sem exceção. Mas não me compete julgar os atos do presidente. É um ato individual. Já conversei com o presidente sobre esse assunto. Quando ele está comigo, na grande maioria das vezes, ele usa máscara. Eu procuro fazer minha parte”, disse Queiroga aos senadores.

Durante o depoimento os senadores exibiram vídeos em que o presidente aparece participando de aglomerações e sem máscaras.
Assista ao vídeo

O problema é que, não convencendo o presidente, a recomendação (para uso de máscara) do ministro perde força diante da opinião pública.
Após a resposta de Queiroga, o presidente da CPI, senador Omar Aziz, resumiu tudo: “é constrangedor. Como o senhor pode convencer aos outros se não consegue convencer quem lhe nomeou?”.