Alckmin assina empréstimo de bombas para combater crise hídrica em CG

Equipamentos será instalado no trecho da obra de Transposição do Rio São Francisco interditado pela Justiça. 

O ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, e o governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), assinaram nesta segunda-feira (26) um termo de empréstimo de quatro conjuntos de motobombas e outros equipamentos da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). As bombas vão viabilizar a antecipação da chegada da água do Projeto de Integração do Rio São Francisco aos estados da Paraíba e de Pernambuco.

O equipamento consiste em quatro conjuntos de bombas flutuantes, cada um com capacidade de bombear até 2 m³ de água bruta por segundo e, a cada metro cúbico por segundo é possível abastecer 300 mil pessoas.

As bombas foram utilizadas na captação das reservas técnicas do Sistema Cantareira durante a crise hídrica no Estado de São Paulo em 2013. Agora, cedidas ao Ministério da Integração Nacional, serão transportadas para Floresta (PE), no eixo leste do Projeto de Integração do Rio São Francisco, e instaladas dentro do reservatório de Braúnas.

De lá, a água captada seguirá para a represa de Mandantes, no mesmo município, chegando a Monteiro, a primeira cidade paraibana a ter o abastecimento reforçado, com cerca de 30 mil habitantes. A Paraíba é um dos estados mais afetados pelo quinto ano consecutivo de seca que afeta o Nordeste. As bombas devem entrar em operação já no começo de 2017.

O eixo leste da obra de Transposição do Rio São Francisco, no entanto, foi suspenso pela Justiça do Trabalho de Pernambuco desde o último dia 21, devido a irregularidades no transporte dos trabalhadores à obra

Empréstimo sem custo

A cessão do equipamento e demais materiais necessários para sua instalação, orçados em R$ 8,26 milhões, será pelo período mínimo de 120 dias, com possibilidade de prorrogação. Não terá qualquer custo aos beneficiados. A Sabesp prestará ainda o apoio técnico necessário para a instalação e a operação das bombas. Além dos quatro conjuntos de bombas flutuantes, cada um com dois motores e potência combinada de 350 cv, a Sabesp vai fornecer a estrutura necessária para sua operação, o que inclui dois conjuntos de motores como reserva, bem como 1.800 metros de tubulação para o transporte da água captada, 1.360 metros de cabos elétricos, inversores de frequência e disjuntores, além de outros itens.

"Hoje é dia de colaboração. São Paulo passou por uma seca muito dura há três anos, superamos, e estamos melhores e mais preparados. Naquele momento nós compramos superbombas, que custaram perto de R$ 20 milhões, para poder ter um bombeamento eficaz e poder utilizar a chamada reserva técnica. Não estamos mais utilizando e vamos ceder ao nordeste, que passa pela maior seca do século", concluiu Alckmin.