Famup estima queda na antecipação do 13º salário por conta da crise do coronavírus

Estimativas iniciais apontam que, no máximo, apenas 10% das prefeituras terão caixa para antecipar parcela no fim do mês

Famup estima queda na antecipação do 13º salário por conta da crise do coronavírus
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

A crise econômica e a queda de arrecadação provocadas pelo coronavírus têm obrigado prefeituras e gestores públicos a refazerem as contas, também, quanto à antecipação da primeira parcela do 13º salário dos servidores este ano – que geralmente ocorre no fim de junho. A Federação das Associações dos Municípios da Paraíba (Famup) está fazendo um levantamento de quantos municípios irão suspender a antecipação, diante da crise. Mas as estimativas iniciais já indicam que haverá redução. Normalmente, de acordo com a entidade, entre 30% e 35% prefeituras antecipam a parcela inicial. A previsão, para 2020, é de que esse índice alcance um patamar de, no máximo, 10%.
“Estamos vivendo um momento de muitas dificuldades para os municípios. Geralmente nessa época do ano os prefeitos fazem a antecipação com um complemento de recursos da Educação. Mas estamos tendo uma queda muito grande nos repasses do Fundeb e aí fica muito difícil fazer isso”, explicou o presidente da Famup, George Coelho.
A entidade deverá divulgar, até o fim do mês, um diagnóstico da situação das prefeituras com a crise e um estudo sobre quantas irão poder, ou não, antecipar a primeira parcela do 13º salário. Pelo visto, todos (servidores e gestores), sem distinção, terão que ‘apertar’ o bolso.