Conversa rápida: governadores não “botaram” muita fé na promessa de Pazuello de vacinar metade da população brasileira até junho

Por LAERTE CERQUEIRA

Conversa rápida: governadores não "botaram" muita fé na promessa de Pazuello de vacinar metade da população brasileira até junho
Foto: Agência Brasil

Hoje, os governadores do país se reuniram com os novos presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM). Entre os gestores estava o governador da PB, João Azevêdo (Cidadania).

Os líderes não estão com muita fé na promessa do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que disse, ontem, que metade da população brasileira estará vacinada até o meio do ano. Ou seja, pelo 105 milhões de pessoas.

“Vamos vacinar o país em 2021, 50% até junho, 50% até dezembro, da população vacinável. Esse é o nosso desafio e é o que estamos buscando e vamos fazer”, disse Pazuello, ontem, em audiência pública no Senado.

A descrença tem muitos motivos reais. É que eles ainda cobram um cronograma de vacinação, com vacinas. Só 2% da população foi imunizada até agora e já estamos quase na metade de fevereiro.

Além de um cronograma, os gestores solicitaram aos representantes do Congresso Nacional apoio para conseguir credenciamento de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e para a implantação de um sistema balizador de compras de medicamentos e insumos.

Quem vai pagar o custo dos leitos?

Os custos dos leitos abertos em 2020 para tratamento de pacientes da Covid-19. Os estados não têm dinheiro para mantê-los e o governo federal também disse que o cofre secou. Os gestores saíram preocupados. Mas, pelo visto, vão continuar pressionando.